Any encarou Alfonso completamente incrédula
Any: E...eu? Vocês brigaram por mim? Mas porque?
Para Alfonso não estava sendo fácil aquela conversa, ela não era o tipo de homem que falava sobre seus sentimentos
Poncho: Naquelas férias que passamos nas Filipinas, vi vocês juntos
Any ouvia atentamente, surpresa com a revelação de Alfonso. As ondas continuavam a dançar na areia, como se testemunhas silenciosas de uma confissão há muito guardada.
Any: Eu... não sabia que você tinha visto.
Poncho: Eu estava furioso, confuso. Não sabia como lidar com o que sentia na época. E quando confrontei Marcelo, a amizade se desfez.
Any percebia a sinceridade nas palavras de Alfonso, e uma mistura de emoções a envolvia. A noite estrelada parecia refletir a complexidade dos sentimentos que surgiam entre eles.
Any: Você...ficou com ciúmes de mim? - estática
Alfonso hesitou por um momento antes de responder, seus olhos encontrando os de Any, buscando uma compreensão mútua.
Poncho: Sim, Any. Fiquei com ciúmes, confuso, e talvez até assustado com o que estava sentindo. Não sou bom em lidar com emoções, especialmente naquela época.
Any percebeu a vulnerabilidade nos olhos de Alfonso, uma faceta que raramente via nele. O silêncio que se seguiu era carregado de significados não ditos, uma dança delicada entre dois corações que começavam a desvendar camadas emocionais.
Any: Eu nunca soube disso. E não consigo entender por que isso afetaria a amizade de vocês de maneira tão profunda.
Poncho: Às vezes, sentimentos intensos podem nublar o julgamento. Eu deveria ter lidado de maneira diferente, mas o passado não pode ser alterado.
A brisa noturna parecia sussurrar conselhos, como se a própria natureza estivesse guiando aquele momento de revelações. Any olhava para o horizonte, absorvendo as palavras de Alfonso.
Any: E quanto a agora? As coisas mudaram?
Poncho: Se você estiver disposta...
O momento pairou no ar, a resposta de Any pendendo delicadamente entre o passado e o presente, entre o perdão e a aceitação.
Any: Eu estou disposta - sorrindo
Naquela noite, sob o céu estrelado e à beira-mar, Alfonso e Any deram um passo em direção ao desconhecido, dispostos a explorar o que o futuro reservava para os dois.
Any: Mas e se nossos pais descobrirem?
Poncho: Não somos irmãos, e eu não ligo para a opinião do Mauro, ele não agrega em nada na minha vida
Os dois continuaram a caminhar pela praia, deixando para trás as preocupações do passado e abraçando a promessa de um novo começo. O som suave das ondas e a brisa noturna testemunhavam o início de uma jornada repleta de descobertas e, quem sabe, um amor que resistiria às adversidades do tempo.
Naquele momento, sob o céu estrelado e ao som suave das ondas, Alfonso percebeu que suas palavras eram apenas a ponta do iceberg das emoções que guardava. Seu silêncio era uma barreira que impedia a expressão completa do que carregava consigo. Sentiu o peso daquilo, mas ao mesmo tempo a dificuldade em verbalizar suas emoções o aprisionava.
Any, observando a expressão intensa de Alfonso, podia sentir que havia algo mais, algo que ele não estava pronto para compartilhar naquele instante. Um entendimento tácito envolveu os dois, uma conexão que ultrapassava as palavras. Alfonso ansiava por se abrir, mas as cicatrizes do passado e a relutância em ser vulnerável impediam-no de avançar.
Eles continuaram a caminhar pela praia, mantendo uma proximidade silenciosa. Ouviam o suave sussurro do mar, e o toque ocasional de suas mãos indicava uma cumplicidade que transcendia as palavras. Cada passo na areia era um convite para explorar não apenas a praia, mas os territórios emocionais ainda não desbravados entre eles.
Alfonso lutava internamente, tentando encontrar as palavras certas para expressar o que estava guardado em seu coração. A complexidade de seus sentimentos por Any, entrelaçados com as sombras do passado, era uma trama intricada que ele hesitava em desvendar.
O cenário noturno proporcionava uma atmosfera de confiança, mas Alfonso sentia o peso das expectativas, as próprias e as percebidas. Seus olhos, por vezes, se perdiam no horizonte, como se buscasse respostas nas estrelas. Contudo, uma determinação silenciosa crescia dentro dele, uma vontade de superar as barreiras emocionais que o limitavam.
O que se desenhava naquela noite era mais do que um simples passeio pela praia. Era uma jornada de autodescoberta, de enfrentar as próprias limitações emocionais e, quem sabe, criar um espaço para um entendimento mais profundo entre Alfonso e Any. O silêncio, por enquanto, era a moldura que envolvia suas emoções, mas ambos sentiam que, em algum momento, as palavras seriam necessárias para completar o quadro de suas vidas entrelaçadas.
Com os rostos próximos, Any e Alfonso conseguiam sentir a respiração um do outro, com os olhos se fechando lentamente, os rostos se aproximando cada vez mais. Os lábios se tocaram cheios de ternura. O beijo entre Alfonso e Any foi um momento delicado, como se o tempo tivesse desacelerado para permitir que cada sensação fosse plenamente experimentada. Os lábios deles se encontraram suavemente, como uma dança ensaiada pela vida. Havia uma mistura única de paixão e ternura, um eco das emoções que vinham se acumulando ao longo do tempo.
O gosto salgado do mar adicionou um toque de autenticidade àquele beijo, como se as águas que testemunhavam o amor deles também deixassem sua marca naquele momento especial. Os corações batiam em harmonia, criando uma sinfonia que só eles podiam ouvir.
Ao se afastarem, seus olhares se encontraram, revelando uma mistura de emoções - desejo, ternura e uma pitada de receio. O som constante das ondas servia como trilha sonora para o que parecia ser um capítulo significativo em suas vidas. Havia uma compreensão silenciosa, uma confirmação de que algo significativo estava acontecendo entre eles. Cada respiração compartilhada era um elo que fortalecia a conexão recém-descoberta.
Any: Eu não esperava que essa noite se tornasse tão... especial
Poncho: Às vezes, as melhores coisas são inesperadas.
O silêncio que se seguiu foi confortável, como se suas almas se comunicassem através da conexão silenciosa que haviam construído. A noite continuou a desvendar-se diante deles, cheia de possibilidades e promessas.
Enquanto se afastavam, a sensação de estar nas nuvens permanecia. O sorriso nos lábios deles refletia não apenas o prazer do momento, mas também a antecipação do que estava por vir. E assim, sob o manto de estrelas e a luz da lua, Alfonso e Any continuaram a escrever sua história, um beijo transformador marcando o início de um novo capítulo em suas vidas entrelaçadas.
Decidiram voltar para a casa na ilha, mas agora, cada passo na areia carregava uma carga diferente. A proximidade entre eles era mais do que física; era uma união de experiências compartilhadas e a aceitação de que o passado não precisava ser uma sombra constante sobre o presente.
Ao entrarem na casa, a atmosfera estava impregnada com uma energia renovada. Alfonso e Any sentiam-se conectados de uma maneira que transcendia as barreiras do tempo e das antigas desavenças. Estavam prontos para explorar o que o futuro reservava, um passo de cada vez, construindo um caminho onde suas histórias se entrelaçavam de maneira única.
A noite continuou com conversas íntimas, risadas e um crescente entendimento mútuo. O luar espiava pelas janelas, testemunhando um capítulo transformador na vida de Alfonso e Any. E assim, sob a luz da lua e o brilho das estrelas, eles deixaram o passado para trás, abraçando um presente cheio de promessas e possibilidades.
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Coincidências do Amor AyA
RomanceAh, o amor, sempre tão imprevisível, e muito complicado Alfonso e Any que o diga, hein? O coração gosta de pregar peças, mesmo quando juramos o contrário. Alfonso alega odiá-la, mas sob esse ódio fervilha um sentimento mais profundo. Em meio a coinc...