Capítulo 10

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Ao descer para o escritório, Alfonso foi surpreendido por uma visão que rompia com a habitual atmosfera sombria do local. A sala, antes mergulhada em tons de cinza e seriedade, agora estava adornada com arranjos de flores que pontuavam cada canto, trazendo vida e cor ao ambiente. As pétalas vibrantes de diversas cores contrastavam com a sobriedade dos móveis, criando um cenário inesperadamente harmonioso.

Cada flor parecia ser cuidadosamente escolhida, e a disposição delas transmitia uma mensagem de renovação e otimismo. O aroma suave das flores permeava o ar, substituindo a habitual rigidez da sala por uma fragrância fresca e reconfortante. Os raios de sol, filtrando pelas cortinas entreabertas, destacavam os detalhes das flores, criando um jogo de luz e sombra que transformava o espaço.

Essa iniciativa meticulosa de Any para transformar o escritório refletia não apenas uma decoração momentânea, mas um esforço consciente para suavizar a rigidez que caracterizava aquele ambiente. Cada flor, em sua delicadeza, parecia sussurrar a promessa de dias mais leves e harmoniosos, desafiando as sombras do passado que pairavam sobre a mansão dos Herrera. O escritório, agora inundado pela beleza das flores, tornou-se um cenário simbólico de renovação e esperança em meio à complexidade das relações familiares.

Poncho: Mas oque significa isso?

Any: Significa que, às vezes, um toque de cor pode mudar toda a perspectiva. Quis trazer um pouco de luz para este lugar, estava muito escuro, sem vida, até parecia um funeral

Poncho: Você só pode estar ficando maluca!

Any: Às vezes, a loucura é necessária para enxergarmos a vida de outra forma. Você deveria experimentar.

Alfonso nada disse, apenas deu as costas para Any

Any: preparei um suco de maracujá com leite bem geladinho pra você

Poncho ignorou Any e voltou toda a sua atenção para a enorme janela, Any se aproximou dele

Any: Qual é poncho, desamarra essa cara, tá um dia lindo lá fora, sorria - segurando em seus ombros

Poncho permaneceu sério, ignorando os esforços de Any. A tensão entre eles continuava, e o dia ensolarado contrastava com o clima pesado na mansão dos Herrera.

Any: Vem! - o puxando pelas mãos

Poncho: Oque pensa que está fazendo?

Any: Vamos dar uma volta, não vou deixar você sozinho e trancafiado nessa prisão em um dia tão lindo como o de hoje

Poncho relutantemente cedeu, deixando-se guiar por Any para fora da mansão. O sol brilhava no céu, enquanto os dois caminhavam lado a lado, tentando amenizar a tensão que pairava entre eles.

Any: Olha só que dia lindo

Any girava no jardim com os braços abertos, um lindo sorriso no rosto e com os cabelos ao vento. Poncho observou Any girando no jardim, sua expressão séria começando a ceder diante da alegria contagiante dela. A relutância inicial foi substituída por um sorriso discreto, enquanto ele também se permitia desfrutar do momento.

Ainda sorrindo, Any segurou uma das mãos de Poncho

Any: Vem comigo

Eles foram até a garagem

Poncho: Oque você pensa que está fazendo?

Any: Vamos dar uma voltinha pela cidade - mostrando a chave de um dos carros

Poncho: Você só pode estar de brincadeira pirralha

Any: Olha bem pra minha cara e vê se estou brincando, anda logo ranzinza entre no carro

Coincidências do Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora