Capítulo 04

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Ainda incomodado com a presença de Any na mansão, Alfonso se trancou em seu quarto. Sem camisa e parado em frente à enorme janela, ele segurava um copo de uísque em mãos. Enquanto contemplava o copo, sua atenção foi atraída para a piscina, onde Any estava com um biquíni minúsculo vermelho.

A luz do dia filtrava-se pela janela, iluminando a cena de uma maneira que destacava as curvas de Any e criava um jogo de sombras na água. A dualidade de sentimentos em Alfonso era palpável, refletida na serenidade do ambiente contrastada com a tormenta emocional que ele carregava consigo.

A piscina se tornou um palco involuntário, onde as complexidades dos relacionamentos familiares e as tensões pessoais dançavam em meio à luz do dia. Enquanto Alfonso observava, o uísque em suas mãos representava não apenas uma bebida, mas também um alívio momentâneo para as contradições que ecoavam em seu interior. O destino dos Herrera continuava a ser moldado pelas interações complexas entre seus membros, cada um lutando com suas próprias verdades e desafios.

A troca de olhares fugaz entre Any e Alfonso pela janela da mansão capturou um momento efêmero, carregado de emoções não ditas. Any, com seu sorriso caloroso, acenou, esperando uma resposta que nunca veio.

O quarto de Alfonso permanecia mergulhado em sombras, contrastando com a luz do dia que iluminava a piscina lá fora. O copo de uísque em suas mãos refletia a dualidade de seus sentimentos, enquanto ele contemplava a figura de Any no biquíni vermelho minúsculo.

Poncho: Maldita - sussurrou para si mesmo

Alfonso sentiu uma onda de raiva quando Any olhou para ele, sorriu e acenou. A indiferença dele se transformou em irritação visível, como se a simples troca de olhares tivesse acionado uma fagulha de emoções contidas.

O copo de uísque em suas mãos talvez tenha se tornado um reflexo involuntário da tensão que ele experimentava naquele momento. A cena, aparentemente inofensiva, tornou-se um ponto de conflito silencioso, evidenciando a complexidade de sentimentos que Alfonso guardava em relação a Any.

A reação de Alfonso foi imediatamente se afastar da janela e fechar as cortinas. Como se uma barreira física pudesse conter a tempestade de emoções que a troca de olhares com Any havia desencadeado. O gesto brusco, acompanhado do som suave das cortinas sendo puxadas, adicionou um elemento de finalidade à cena, selando momentaneamente a tensão que pairava no quarto de Alfonso.

Ainda impregnado pela raiva e pela tensão, Alfonso foi direto para o banheiro. A necessidade de dissipar as emoções fervilhantes o levou a tomar um banho gelado. A água fria cascata sobre seu corpo, proporcionando um choque sensorial que, de alguma forma, refletia a tempestade interna que ele enfrentava naquele momento. O som da água caindo, misturado aos pensamentos tumultuados, preenchia o ambiente enquanto Alfonso buscava encontrar alguma forma de acalmar a tormenta emocional que o envolvia.

Após o banho, ainda enrolado na toalha, Alfonso ouviu batidas na porta.

Poncho: Entre.

Ao ver a porta se abrir, deparou-se com um par de olhos azuis; sim, era ela, Any.

Poncho: O que você quer aqui, garota? - irritado.

Any: A mamãe pediu para avisar que o almoço já vai ser servido.

Poncho: Obrigada, agora já pode sair do meu quarto - rude

Any: Não precisa ser tão rude, Poncho. Estamos todos tentando aproveitar o dia juntos.

Poncho, ainda irritado, respondeu:

Poncho: Aproveitar o dia juntos? Parece mais uma cena de novela do que realidade. Não me envolva nesses joguinhos.

Coincidências do Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora