Coincidências do Amor AyA

Capítulo 15

Os olhos de Any abriram-se lentamente, e ela sentiu um alívio ao perceber que a dor que a assolou anteriormente havia diminuído. Aconchegada nos braços de Alfonso, ela se permitiu observar o rosto sereno dele enquanto ele ainda dormia.

A luz suave do dia iluminava o quarto, destacando a expressão tranquila de Alfonso. Uma mistura de emoções dançava no olhar de Any, desde a gratidão pela preocupação dele até a incerteza do que aquele momento significava para ambos.

Ela sentia o calor reconfortante que emanava dele, como se, naquele instante, as barreiras que os separavam estivessem temporariamente dissipadas. Any decidiu apreciar o momento de tranquilidade, permitindo-se repousar por mais algum tempo nos braços de Alfonso, absorvendo a sensação de paz que o envolvia.

A chuva lá fora ainda sussurrava sua melodia suave, criando uma trilha sonora para aquele capítulo que começava a se desenrolar. Any, ao lado de Alfonso, sentiu uma mistura de esperança e apreensão, sabendo que o caminho à frente era repleto de desafios, mas, naquele instante, ela optou por se perder na quietude daquele abraço e na promessa de um recomeço.

O toque suave de Any percorreu o rosto de Alfonso delicadamente, traçando os contornos que guardavam histórias e emoções. Ela observou cada detalhe, como se aquele simples gesto pudesse desvendar os mistérios que residiam nos traços dele.

Enquanto a ponta dos dedos de Any explorava a textura da pele de Alfonso, uma sensação de proximidade se estabelecia entre eles. Era como se aquele gesto singelo transcendesse as palavras não ditas e criasse uma conexão silenciosa, repleta de significados que escapavam à compreensão verbal.

O silêncio preenchia o quarto, interrompido apenas pelos sons suaves da chuva do lado de fora. Era um momento íntimo, onde as barreiras se dissolviam lentamente, permitindo que Any e Alfonso compartilhassem uma vulnerabilidade que os unia de maneira única.

Talvez, naquele breve contato, Any encontrasse uma forma de expressar gratidão e compreensão, enquanto Alfonso, mesmo em sono profundo, recebia a carícia como um sussurro de conforto. O quarto tornou-se um santuário de sentimentos sutis, e Any permaneceu ali, perdida na ternura do gesto, esperando que o despertar de Alfonso fosse suave, assim como a chuva que continuava a dançar lá fora.

Alfonso despertou lentamente, os olhos se abrindo para um mundo ainda impregnado pela serenidade do sono. Ao se deparar com Any ao seu lado, acordando com a suavidade daquele momento, uma pequena expressão de surpresa e reconhecimento se desenhou em seu rosto.

Any, com um sorriso afetuoso, permaneceu ao lado dele, como se aquele breve instante de calmaria e proximidade fosse um refúgio no meio da tempestade. A chuva lá fora continuava a cair, criando uma trilha sonora delicada para aquele despertar.

Os olhares se encontraram, trocando palavras silenciosas que ecoavam entre os dois. Não era necessário falar quando a presença dizia tanto. Alfonso, ainda envolto pela sonolência, compreendia a delicadeza da situação, enquanto Any, mesmo frágil por conta da enfermidade recente, emanava uma serenidade reconfortante.

Foi nesse despertar compartilhado que eles se encontraram novamente, em um momento que transcendeu as complicações e desentendimentos passados. Era como se o simples fato de estarem ali, juntos, fosse suficiente para criar um vínculo que desafiasse as circunstâncias.

E assim, no aconchego do quarto e na companhia silenciosa um do outro, Alfonso e Any iniciaram um novo capítulo, onde a chuva lá fora parecia acalmar não apenas a tempestade do clima, mas também as tempestades internas que ambos enfrentavam.

Poncho: Está sentindo alguma dor? - preocupado - está precisando de alguma coisa?

Any: Estou me sentindo um pouco melhor, muito obrigada por se preocupar e por cuidar de mim