Capítulo 20

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O som sutil de soluços perturbados cortou o silêncio da noite, chamando a atenção de Any. Preocupada, ela seguiu o eco até o quarto de Alfonso, onde a penumbra revelava a figura contorcida e agitada na cama. O cenário, iluminado apenas pela luz fraca da lua, destacava os contornos do corpo de Poncho suado e aflito.

Any hesitou por um momento à entrada do quarto, observando as expressões de tormento que marcavam o rosto de Alfonso. Então, sem hesitar, ela avançou, movida pela urgência de acalmar seus pesadelos.

A cueca box destacava a vulnerabilidade de Alfonso naquele momento. Any se aproximou com cuidado, a preocupação estampada em seus olhos. Ela sussurrou seu nome suavemente, numa tentativa de romper as barreiras do pesadelo que o envolvia.

A respiração irregular de Alfonso ecoava no quarto, e Any, com gentileza, colocou uma mão reconfortante em seu ombro. Seus dedos buscavam aliviar a angústia que o assombrava naquele sono perturbador.

As palavras de consolo de Any fluíam como um bálsamo, tentando acalmar a tempestade interna que tumultuava os sonhos de Alfonso. Era um gesto de carinho, uma promessa silenciosa de que ela estava ali para enfrentar qualquer escuridão ao lado dele.

No silêncio da noite, Any permaneceu ao lado de Poncho, um farol de tranquilidade em meio à tempestade noturna. Seu compromisso de cuidado ecoava no toque suave, nas palavras de conforto e na determinação de enfrentar os demônios dos pesadelos.

O toque suave de Any acariciando o rosto de Alfonso era um sinal de conforto, uma promessa silenciosa de que ela estava ali, presente e disposta a afastar os tormentos que assombrava seus sonhos. Nos traços do rosto tenso de Poncho, ela buscava transmitir serenidade, como se cada carícia fosse uma tentativa de dissipar as sombras que o atormentava.

Em resposta, Alfonso, ainda preso nos resquícios do pesadelo, começava a relaxar gradualmente. A presença de Any se tornava um farol, iluminando a escuridão que envolvia seus sonhos perturbadores. As expressões de aflição começavam a ceder, dando lugar a uma calma que se espelhava no toque carinhoso de Any.

Any: Estou aqui. Você está seguro.

As palavras de Any eram como uma suave melodia, ecoando no quarto e se entrelaçando com a atmosfera tranquila que ela tentava instaurar. Em meio ao silêncio que se seguia, o gesto de carinho persistia, transformando-se em um elo silencioso entre eles, capaz de transcender as palavras e aliviar os tormentos noturnos de Alfonso.

O calor do abraço de Alfonso envolvendo Any criava um refúgio reconfortante, um lugar onde as sombras dos pesadelos se dissipavam na presença tranquilizadora um do outro. Enquanto Alfonso ainda permanecia adormecido, suas mãos encontravam naturalmente o contorno de Any, criando uma conexão física que transcendia as barreiras dos sonhos perturbadores.

Any, deitada ao lado dele, sentia a calma que emanava daquele gesto, como se cada batida do coração de Alfonso fosse um lembrete de que estavam juntos, enfrentando as noites turbulentas lado a lado. A conchinha formada por seus corpos era mais do que um simples abraço; era um abrigo contra os medos noturnos, uma fortaleza onde a presença um do outro acalmava as tempestades interiores.

Enquanto a madrugada seguia seu curso, Any permanecia ali, compartilhando o silêncio reconfortante da noite, envolta no calor humano e na promessa de que, juntos, poderiam superar qualquer escuridão.

Alfonso, ao despertar na manhã seguinte, encontrou-se envolto em um cenário intrigante. A confusão em seus pensamentos se misturava ao observar a presença de Any ao seu lado, o calor compartilhado e a lembrança vaga da noite anterior. Apenas de cueca box, sua memória parecia obscurecida pelos vestígios de um sono agitado.

Coincidências do Amor AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora