VII. Cena II

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Lalita no comando

Episódio 2

Cena: Lalita e Mia vão a um tapete vermelho de um evento.

Ext: tapete vermelho - NOTURNA

Na extremidade do tapete vermelho, Lalita ajustou o corpete de seu vestido, mostrando-se desconfortável ao levantar o tomara que caia de paetê azul.

- Ainda não entendo por que tenho que aparecer em fotos com você. - Mia sorriu em sua direção, e a mais nova sentiu um frio na barriga provocado pela força de sua atenção.

- Porque você é minha acompanhante.

- Não, não sou. - Dê o fora, frio na barriga. Isso não é real. - Eu sou sua assessora de imprensa. Ou sua babá. Não acompanhante.

A cantora abaixou a cabeça e o tom de voz.

- Antigamente você adorava passar pelo tapete vermelho de braço dado comigo. - As palavras doces a deixaram arrepiada.

- Sim, mas antigamente eu era sua esposa. - retrucou Lalita com rispidez enquanto tentava ignorar as coisas deliciosas que a voz de Mia fazia com seu corpo. - E agora não sou mais.

Mia endireitou a postura e endureceu a expressão. Lalita tentou ignorar o peso em sua consciência, deixando seu olhar correr pelo tapete, onde outras pessoas muito bem-vestidas posavam para fotos sob os estouros dos flashes. Os cenógrafos e os técnicos de iluminação tinham se superado dessa vez.

- Somos as próximas. - disse a mais velha com frieza.

Sim, Lalita a magoara. Mas Mia a magoara também. Elas tinham se divorciado por uma série de razões, e umas delas foi porque não conseguiam parar de machucar uma à outra.

Ou pelo menos essa foi a história que lhe ocorreu quando leu o roteiro.

Lalita respirou fundo, colocou um sorriso no rosto e caminhou sobre o tapete, pendurada no braço de Mia.

Flashes brilharam. Figurantes se movimentaram em silêncio. O barulho da multidão seria acrescentado depois. Lalita sorriu, inundada pelo nervosismo e pela necessidade de parecer profissional. Ela não estava ali como acompanhante, mas sim como assessora.

Seu único objetivo era ajudar a reconstruir a imagem de Mia para salvar a empresa de sua família. Ela não estava ali para se divertir ou para aproveitar a noite com a ex-mulher.

Ainda que estivesse aproveitando.

Enquanto elas caminhavam até seus lugares, Mia perguntou pelo canto da boca:

- Não é tão ruim, é?

- É horrível. - disse Lalita sob um sorriso forçado. Mas ela não estava se referindo às luzes ou às pessoas. Estava se referindo àquela proximidade, ao cheiro do perfume da outra, que a envolvia como uma nuvem de conforto, ao corpo dela ao seu lado.

Era tudo horrivelmente... maravilhoso. Ela queria se aproximar ainda mais, ficar colada na menor, se deixar envolver por seu calor e sentir a pele dela na sua.

Foco, Freen.

- Corta!

Ah, graças a Deus.

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Acho que alguém se perdeu no personagem kkkkkkk

Você me ganhou no olá - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora