Obs: este capítulo ainda não foi atualizado como os outros.
O beijo
ELLIE HARPER
Acordo de manhã e o sol está entrando pelos vidros das janelas, fazendo meus olhos arderem.
Me levanto, estico os braços para cima, alongando e me espreguiçando.
Solto um bocejo preguiçoso e sigo para o banheiro, onde troco o pijama por uma muda de roupas mais decente. Calça de moletom preta, tênis, camiseta preta de mangas longas e uma jaqueta vermelha.Escovo os dentes, lavo o rosto e passo um protetor solar.
Fecho a porta ao sair do banheiro e também as cortinas, deixando o quarto um pouco mais aconchegante.Os meninos estão ainda dormindo em suas camas, totalmente apagados, cansados.
O lado da cama que eu ocupava há pouco, agora está preenchido por Dean, abraçando meu travesseiro e enrolado no cobertor.
Hoje o dia está friozinho.Sorrio para a cena, seu lado esquerdo do rosto está amassado, seus curtos fios de cabelo apontando para diferentes direções.
Pego o cartão de crédito e vou até o mercado.
Vou dar um tempinho a mais de sono para eles, enquanto compro o café da manhã.Analiso as prateleiras, os vidrinhos coloridos de geleias.
Eu comia com bastante frequência torradinhas com geleia e pasta de amendoim.Não era meu café da manhã favorito, confesso. Mas na maioria das vezes, era o que tinha. Pão velho, que eu torrava para deixar crocante, e restos de geleia e pasta. Porém não era um lanche ruim. Eu gostava da combinação do gosto cítrico da geleia de morango com a pasta de amendoim.
É mais uma memória afetiva.Lá em casa, parece que o mais importante era ter dinheiro para a cerveja, ao invés da comida.
Egoísmo de meu pai, claro. Álcool e cigarro tinha de sobra, mas raramente guloseimas.Não que eu passasse fome!
Por sorte nunca me faltou comida, sempre tinha uma coisa ou outra para comer, e sou agradecida por isso.
Apenas ficava decepcionada por nem sempre poder comer algo que eu de fato quisesse. Era o que tinha e eu que me virasse.Adoro doces. Chocolate, tortas... Gosto muito de cozinhar tortas!
Mas nunca tive essas coisas em casa com frequência. E não por falta de dinheiro. Era porque o álcool e o cigarro eram mais importantes, mesmo. Na visão de meu pai, claro.
Por isso, eu acabo saboreando bastante quando como um chocolate, doces ou comidas "especiais".Precisamos de um café da manhã barato.
Penso nas preferências dos meninos, então...
Uma garrafa de dois litros de suco natural, um pacote de torradinhas e manteiga servem.
Para dar um gostinho a mais, pego uma embalagem com pequenas tiras de bacon.Com certeza Dean ficaria ressentido comigo se eu não pegasse algo que goste.
Posso ouvir sua voz em minha cabeça: "Fala sério! O que é um café da manhã sem um bacon?"Pego as coisas e levo até o caixa.
Não posso exagerar no preço do café da manhã, pois o almoço e jantar geralmente são em restaurantes e lanchonetes.Quando adentro o quarto segurando as sacolas, Sam está escovando os dentes e acena brevemente para mim com a cabeça, como se dissesse "bom dia".
- Bom dia, Sam! -sorrio.
Deixo as compras em cima da cama e me sento ao lado de Dean, ainda apagado na cama.
- Ei! Idiota, levanta!
- Hm... -ele resmunga.
- Acorda! Temos um longo dia pela frente!

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𝙃𝙪𝙣𝙩𝙚𝙧𝙨 - 𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧
أدب الهواةDean e Sam Winchester estão atrás do pai. Eles investigam seu último paradeiro: a pequena cidade de Jericho, e acabam conhecendo uma jovem simpática durante a tentativa de resolver um caso.