𝙃𝙪𝙣𝙩𝙚𝙧𝙨 - 𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧

25

Obs: este capítulo ainda não foi atualizado.

Caso em mãos

ELLIE HARPER

Faz mais de uma semana que cheguei aqui.
Sam e Dean já devem estar bem longe, ainda não entrei em contato com eles.
Mas estou com saudades.

Eu não estou gostando desse lugar!
Consegui um emprego, mas não consegui fazer amizades ainda. Se troquei mais de cinco palavras com algum dos meus colegas de trabalho, foi muito.

Sou garçonete em uma lanchonete, hoje é meu quarto dia de serviço.
Não paga tão bem, mas como sou nova e essa foi a primeira oportunidade que apareceu, eu agarrei.

Entro no estabelecimento e vou direto para a cozinha, prendo meus cabelos e amarro meu avental.
A única parte ruim, é que aqui, as garçonetes andam de patins.
É mais para chamar atenção de crianças e diverti-las.

Ainda não me acostumei muito bem.
Aprendi rápido a andar, mas as vezes acabo escorregando. Ainda bem que nenhum dos meus tombos foram em público, até agora.

Durante a manhã o expediente é calmo, mas quando o relógio marca meio dia, a lanchonete enche.
Isso faz com que tenhamos que correr (na verdade patinar) feito malucos.

Coloco os dois sanduíches na bandeja.
Eu sou a mais lerda das garçonetes, por não ser bem experiente andando de patins.
Prefiro evitar a pressa, assim evito os acidentes também.

- Sábado é noite de lua cheia...
- Tranque bem as portas, a besta estará solta.
- Estou tão nervosa!

Meus olhos imediatamente se voltam para a dupla de idosas conversando.
Como assim "a besta"?

- Cuidado, menina! -uma delas me alerta.

O piso por onde passo está úmido, o que me ocasiona um escorregão.
Quando percebo, estou no chão, junto com os sanduíches, e todos os olhos estão voltados para mim.

- Ops... Esqueci de avisar! Pessoal, não deslizem por alí! Um menininho derrubou milkshake, eu passei um pano e está úmido!

Janete, minha colega de trabalho.
Que garota insuportável!
Não falei por mais de cinco minutos com ela, mas já foi suficiente para odiá-la. Com todas as minhas forças.
Seu cabelo é preto, na altura dos ombros. Ela é totalmente nariz em pé, transmite um ar de superioridade e me olhou de cima a baixo no meu primeiro dia aqui.

Alguém não gosta de gente nova...

- Obrigada por avisar! -resmungo, me levantando. Ela sorri e as amiguinhas dão risada.

Que bela sexta feira...
Tenho vontade de vomitar.

As duas senhoras na mesa ao meu lado me olham preocupadas.
- Oh, pobrezinha... Você está bem?
- Estou, obrigada.

- Cuidado, menina. Esse trabalho é perigoso. Não sería a primeira vez que alguém se machuca feio aqui...

- Ah, eu me acostumo. -sorrio gentil para elas- Com licença... Desculpe me intrometer, mas vocês estavam falando sobre...

- A besta? -uma delas questiona, eu assinto.
- Oh, querida, você não sabe?
- Sou nova por aqui...

- A besta estará solta sábado à noite. Não saia de casa, mocinha. Em hipótese alguma.

- Como assim a besta?
- Menina... É noite de lua cheia! Três meses atrás os ataques começaram, e não pararam mais.
- Ataques?
- Sim... Pobres pessoas. Foram encontrados mutilados, com partes do corpo faltando. Inclusive os corações.