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Obs: este capítulo ainda não foi atualizado.

Insistente!

ELLIE HARPER

Paramos em um mercadinho e somente Dean e eu descemos.
Acredito que Sam está de saco cheio das nossas mini discussões e preferiu ficar no silêncio do carro.
Mas eu estou furiosa!

- Se eu comprar o chocolate, você desmancha essa cara?
- Que cara?
- Essa cara de...
- Não ouse terminar a frase.

- Está bem. -ele levanta as mãos em sinal de rendição- Desculpa.

- "Desculpa" nada! Você é maluco.
- Oh, Deus! Eu já pedi desculpa umas dez vezes! Quantas vezes mais vou ter que fazer isso?
- Talvez umas trezentas?
- Qual é!

Ele anda na minha frente analisando as prateleiras, e pega algumas mini barrinhas de chocolate.
- Isso aqui está bom?
- Eu também quero um salgado.

Ele respira fundo, mas assente.
- Escolhe o que você quer.

Dou uma olhada e pego um pacote de nachos e jogo para ele segurar.
- A madame quer mais alguma coisa?
- Quero um refrigerante.

Ele revira os olhos e assente.

Pego uma latinha de refrigerante de uva e jogo para ele segurar.
- Já chega, né?
- É... Por agora está bom.
- Como assim por agora?
- Se eu tiver vontade de comer mais alguma coisa, eu aviso, você para o carro e compra.

Ele me olha indignado.
- Você não acha que já está abusando da minha bondade?
- Não.

Ele leva tudo até o caixa, com uma cara nada feliz.
- Não era você que dizia que devemos comer saudável? Chocolate, salgadinho e refrigerante não me parece saudável.
- A questão é que eu não como essas coisas todos os dias. Hoje é exceção.

- Exceção, é?
- Uhum.

Ele paga e me entrega a sacola.
- Pronto. Feliz agora?
- Não.
- Como assim "não"? Você gastou um dinheirão!

Seguimos até o carro e, ao entrar, eu abro o pacote de nachos.
Dean se inclina para trás para pegar um punhado, mas eu dou um tapa em sua mão.
- Sai.
- Eu paguei!
- Não interessa.

Ofereço o pacote para Sam, mas ele nega. Dean me olha agora boquiaberto.
- Para ele você oferece?
- Sim.
- Eu paguei, e você não vai me deixar comer?
- Não.
- Mas...
- Não mandei você me jogar lá de cima.

Ele aperta as mãos ao redor do volante e respira fundo, fechando os olhos.
- Por que é tão difícil agradar mulher?

(...)

Levamos a amostra do material para o mesmo homem que ligou para Dean.
Ele analisa e diz que é enxofre.

- Enxofre... Isso é um péssimo sinal. Mas confirma nossas teorias.

- Enxofre... Significa presenças malignas, não é? -pergunto.
- Isso mesmo. -Sam confirma.
- Hm... Então pode ser um demônio.

- Pode. Mas... Possuir um corpo humano é uma coisa, usar para derrubar um avião é outra. Nunca vi um caso assim antes... A mensagem dizia "sem sobreviventes", e sete pessoas sobreviveram. Não entendo. O objetivo realmente era matar todos?

- Quando um demônio decide que não haverá sobreviventes, realmente não haverá. -Dean complementa- É impossível escapar quando se é uma pessoa comum. Demônios são fortes e espertos. E muitas vezes imprevisíveis. É muito raro alguém escapar da morte.

- Eles simplesmente matam por matar? -pergunto. Os meninos assentem.
- Maldade é diversão para eles. Na maioria das vezes. Só matam alguém específico com motivos. Por exemplo...

𝙃𝙪𝙣𝙩𝙚𝙧𝙨 - 𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧Onde histórias criam vida. Descubra agora