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Obs: este capítulo ainda não foi atualizado.

Conselho

ELLIE HARPER

- Certo, dois descartados da lista. -Sam diz, desligando o telefone- Não tem planos de viagem por enquanto.

Nesse exato momento, estamos seguindo estrada até o aeroporto mais próximo. Sam diz ter um nome da lista prestes a embarcar em um avião.

E estamos afobados!
Essa coisa disse "sem sobreviventes", e sete sobreviveram.
Seja lá o que for, vai voltar para terminar o serviço.

- Mas devemos ficar de olho nos outros. Aliás... Não havia uma aeromoça na lista de sobreviventes? É bem provável que ela tenha voltado ao trabalho. Entrou em contato? -questiono, me acomodando escorada no banco de trás.

Dou uma última mordida no meu cachorro quente e amasso o papel, guardando no lixinho do carro.
Aliás, adoro lanchonetes de beira de estrada!

Devem ser por volta de cinco horas da tarde agora.

- Tentei, mas sem respostas. Já deixei três mensagens e nada. Consegui contato com a irmã dela. Ela está em um vôo que vai sair essa noite, às oito horas.

- Mas o aeroporto fica daqui à cinco horas! Não tem como chegar a tempo!
- Não custa tentar. Pode não ser uma viagem perdida.
- Então pisa no acelerador, Dean!
- Pode deixar!

(...)

- Calma aí, gente! Me espera!

Estou correndo o mais rápido que posso, e mesmo assim estou metros atrás.
Quando eles param e eu os alcanço, coloco as mãos nos joelhos e respiro fundo.

- Uh! Cansei! -resmungo.
- Isso aí é sinal de sedentarismo! -Dean faz piada.
- Ah, falou o renomado atleta!
- Pelo menos eu não fico acabado com uma corridinha de dois minutos.
- Dois minutos pra vocês!
- Se-den-tá-ria! -ele repete.
- Cala a boca!

- Concentra, gente! -Sam nos chama atenção. Dou um empurrão no ombro de Dean e volto a atenção ao caso.

Temos placas em cima de nossas cabeças, anunciando os próximos vôos e horários.

- O embarque é em trinta minutos! -Sam diz.
- Ótimo. Ainda temos uma chance. Eu preciso de um telefone! -Dean começa a apressar os passos, empurrando as pessoas.

Ele passa por um senhor idoso, com duas malas nas mãos, e quase o derruba.
Pego sua mala e a coloco de pé novamente, entregando a ele.
- Desculpe, senhor. É que estamos atrasados.
- Jovens mal educados... -ele murmura, tomando a alça da mala de minhas mãos e seguindo caminho.

Ele certamente não está em um bom dia.
Olho para Sam, que dá de ombros e então vamos até Dean.
Ele já está com o telefone no ouvido.

- Serviços do aeroporto?
- Portão treze.
- Com quem deseja falar?
- Eu quero falar com Amanda Walker, comissária de bordo do vôo quatrocentos e quarenta e dois.

Esperamos alguns segundos e então ela atende.
- Alô, Amanda Walker.
- Alô, Senhorita Amanda? Aqui é o doutor Williams. Estou no hospital com Karen, e...
- Karen? Meu Deus! Minha irmã está bem?
- Ah, sim, está! Não é nada grave. Só...
- Espera aí! Eu acabei de falar com ela.

Dean pressiona os lábios em uma linha fina.
- Você o quê?
- Acabei de falar com ela. Faz uns cinco minutos. Está em casa estudando. Não tem como estar no hospital.
- Ah... Então... Deve ter sido engano, desculpe.

- Espera aí! Como sabia onde eu estaria? Você... Ah, você é amigo do Davis?
- Ah... Você me pegou. -Dean força uma risadinha.
- Diz pra ele seguir com a própria vida!
- Foi mal... É que ele queria muito falar com você.
- Não tem como.
- Olha, é que o cara está muito mal... Muito mesmo.
- Sério?
- É, aham! Seríssimo!
- Então diz pra ele me ligar daqui a duas horas.
- Não, Amanda, espera!

𝙃𝙪𝙣𝙩𝙚𝙧𝙨 - 𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧Onde histórias criam vida. Descubra agora