𝙃𝙪𝙣𝙩𝙚𝙧𝙨 - 𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧

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ᴀ ᴘʀɪɴᴄᴇꜱɪɴʜᴀ ꜰᴏɪ ꜱᴇǫᴜᴇꜱᴛʀᴀᴅᴀ!

ELLIE HARPER

Sam e Dean não encontram Roy e voltam para dentro do círculo.
Nós seremos obrigados a passar a noite.

Me sento próxima ao fogo, tentando me esquentar.
Dean e Sam estão conversando, então me mantenho quieta, encolhida, observando os arredores.

—— Você sabe o que era isso? —— Dean pergunta, se sentando ao meu lado —— Era um...
—— Wendigo. É... Eu sei.
—— Então também deve saber que eles são muito perigosos. 
—— É, eu sei, sim. Mas... Você pode deixar seu sermão para outra hora, o que acha? Vamos nos concentrar em sobreviver até o sol nascer.

Ele suspira enquanto seus olhos rodam nas órbitas.
—— Como descobriu que era um Wendigo?
—— Pesquisas. —— respondo. ele pega minha bolsa e abre, analisando tudo que tem dentro.

—— Sal, estaca de madeira, faca de prata e água... Isso é água benta?
—— Sim.

—— Como sabe que essas coisas te protegem contra o sobrenatural? —— ele questiona confuso.
—— Você não quis me dizer... Eu pesquisei. O google é um bom professor, sabia?

—— É... Eu sei, sim. Você por acaso nos seguiu?
—— Depois que cheguei no Colorado, sim. Mas acredite, nós escolhermos o mesmo caso para investigar foi pura coincidência.

Um vento gelado sopra das árvores e eu me arrepio.
Eu com certeza deveria ter trazido um casaco mais quente, também.

—— E a espertinha vem para o meio do mato sem roupas quentes? —— ele pergunta, com uma risadinha.

—— Você não pode dizer muito, engraçadinho. Você nem comida tem. E é minha primeira caçada. Erros são cometidos... Mas vou estar preparada na próxima.
—— Quem disse que eu não tenho? —— ele puxa um pacote gigante de M&Ms pela metade de dentro da jaqueta.

—— E chocolate é suprimento para sobreviver na floresta?
—— Ué... —— ele dá de ombros, pegando um punhado de chocolates e os jogando na boca —— Serve para emergências...

—— Você é inacreditável. —— digo.
—— Você também. Acho que nem preciso dizer o motivo, né... Eu disse que caçar era a pior escolha que você podería fazer na vida. E derrepente, depois de uma semana, você aparece no meio da escuridão, dentro de uma floresta!

—— Para de reclamar! Credo, que mau humor, hein!

O vento frio sopra novamente, agora tão forte que meus cabelos acabam até balançando.

—— Tería sido inteligente trazer uma barraca, também. Estariamos protegidos do frio. —— resmungo.

Ele retira sua jaqueta, me entregando. Estava com um casaco fino por baixo.
—— Pega, reclamona.
—— Ah, tem certeza que só eu sou a reclamona?

Ele levanta as sobrancelhas, ainda segurando a jaqueta em minha frente.
O olho por alguns segundos e decido pegar e vestir.
Está frio demais para aguentar o vento forte, e é apenas o início da noite ainda.
Temos um bom tempo pela frente.

—— Quer chocolate?
—— Quero, né... —— pego um pouco dos doces e os jogo na boca, um por um, mastigando —— Você acha que aquele cara... O Roy, pode estar vivo?

—— Talvez. Os Wendigos costumam deixar suas vítimas presas por um tempo, em lugares bem escondidos.

—— Deve ter uma caverna por aqui. —— falo, me ajeitando e me escorando nos destroços da barraca —— Matamos com fogo, não é?
—— Você levou as pesquisas a sério, pelo jeito.
—— Claro! —— confirmo.