𝙃𝙪𝙣𝙩𝙚𝙧𝙨 - 𝘿𝙚𝙖𝙣 𝙒𝙞𝙣𝙘𝙝𝙚𝙨𝙩𝙚𝙧

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Obs: este capítulo ainda não foi atualizado.

Segredos

ELLIE HARPER

Mesmo na chuva vamos direto até a loja de artigos raros.
Ela está fechada, então Dean arromba "delicadamente" com um chute.

Eu certamente não preciso dizer que ele já estava meio alterado pela bebida.

Meu rosto está vermelho de tanta vergonha quando entramos no carro. Sam nos observa e então se vira para trás, me olhando duvidoso.
- Não me diga que ele bebeu.
- É, bebeu.

- Ah, não, Dean...
- Relaxa, foi só uns goles de vinho. Eu estou muito bem.
- É, bem até de mais... O álcool consumiu com os dois por cento de vergonha na cara que ele tinha. -digo.

Ele sorri largo e Sam levanta as sobrancelhas.

- Como assim, gente?
- Ah, Sammy... Longa história. Eu só fui direto e ela ficou tímida.
- Dean!
- O quê? Só estou sendo homem. Direto e sincero. Não é disso que as mulheres gostam? Geralmente é...

- Eu mereço... -resmungo, cruzando os braços- Você fica se atirando pra cima de mim! Estamos em um caso! Concentra!

- Nunca vi disso... Dei em cima dela e ficou bravinha, acredita? Pelo visto essa aí gosta dos frouxos.

- Talvez ela queira respeito, Dean.
- Mas eu respeito ela!
- O quê você falou?
- Ué... Ela disse que nós não temos nada e eu só avisei que isso é uma questão de tempo.

- A questão é que eu já disse que não quero nada! -exclamo.
- Aham, não quer... Você mente e acredita na própria mentira!

- Dean, chega. -seu irmão mais novo ordena- Vamos concentrar no caso.
- É. Não é momento para vida amorosa.

- Ôh mulherzinha difícil, viu...

(...)

Dean dirige até uma biblioteca pública no centro da cidade.
Precisamos de uma pesquisa para saber a origem da lenda em detalhes.

Como aconteceu a morte de Mary; quando, onde...
Talvez consigamos achar o cadáver. Deve restar um esqueleto, algum resquício do corpo para queimar.

Adentramos a biblioteca e vamos direto até os computadores.

- Vamos dizer que a lenda Blood Mary está assombrando a cidade? Deve ter alguma prova. Alguma mulher que teve uma morte cruel.

- Mas a lenda se espalhou, vai ser difícil achar a original. -digo- Devem ter mais de cinquenta versões da história.

- Exatamente! -Sam concorda, estalando os dedos- Em alguns locais dizem que ela era uma bruxa, outros dizem que era uma noiva mutilada, uma garota assassinada buscando vingança...

- Por onde vamos começar a procurar? -Dean pergunta.

- Em todas as versões ela se chama Mary e morre em frente ao espelho. É só checar os arquivos locais, registros públicos...

- Isso vai ser um saco! -Dean resmunga.
- Relaxa, é só a gente usar os...

- Péssima notícia! -aviso- Os computadores estão estragados. Vamos ter que apelar para os papéis.

- É... Retiro o que eu disse. Isso vai ser um saco.

O loiro massageia a têmpora, suspirando.
- Ah, eu não acredito... Devia ter bebido mais...

(...)

Sam está apagado na cama enquanto eu e Dean estamos lendo os registros públicos.

Trouxemos os livros e a papelada toda para um motel, e praticamente viramos a noite lendo.
O sol já está batendo na janela, devem ser por volta das oito da manhã.