Felix despertou em um mundo totalmente branco. A sensação áspera e gelada do lençol hospitalar pinicava sua pele, tão oposta à calorosa e macia familiaridade de seus cobertores em casa. Seus olhos, ainda sonolentos, piscaram contra a intensidade da luz artificial. Ao redor dele, o bipe dos aparelhos zumbia suavemente, com aquela melodia eletrônica desconhecida adentrando seus doces sonhos.
Quando se sentou, sentiu-se imediatamente tonto e confuso, mas a dor lancinante de ter cada parte de seu corpo ardendo em febre tinha ido embora. Ele se perguntava se já havia amanhecido, mas sua visão não alcançou o exterior da janela através das persianas do quarto todo branco em que ele se encontrava.
— O-Onde...
Ele se deparou com o acesso do soro no dorso de sua mão e em um impulso irracional tentou arrancá-lo, mas uma mão quente envolveu o seu punho fino e o impediu.
Bem ao lado de seu leito estava Hyunjin, com um olhar preocupado e abatido. Círculos negros emolduravam seus olhinhos estreitos e ele parecia exausto, mas não deixou de sorrir para o Lee.
— O que você... onde eu... o que...
— Acalme-se. Não fique agitado.
— Por que...
— Felix, você está no hospital para fazer exames e receber o tratamento adequado.
O loiro sobressaltou, arregalando os olhos e querendo se levantar, mas o Hwang o manteve no lugar.
— Não, não se esforce. Você ainda está fraco.
— Como eu vim parar aqui?
— Eu trouxe você. Ontem você teve uma febre tão alta que estava delirando, achei mais prudente vir ver um médico. Você esteve inconsciente nas últimas... — Olhou para o relógio na parede — ... vinte horas. Mesmo que as enfermeiras tenham dito que você estava bem, eu estava prestes a surtar.
— E-Eu... não me lembro. — Ele passou a mão pelos cabelos. — Você não ficou aqui todo esse tempo, ficou? — Inquietou-se novamente.
— É claro que sim. Eu não queria que estivesse sozinho quando acordasse.
— Oh, meu Deus... Me desculpe.
— Por estar doente? — Hyunjin riu. — Eu não desculpo. Trate de ficar saudável imediatamente.
— Você pode ir agora. Deve estar louco por um banho, algumas horas de sono e uma refeição decente.
O Hwang se aproximou e cochichou:
— Na verdade, eu usei o seu banheiro para tomar um banho, e cochilei na poltrona ao seu lado. E a comida que eles servem aqui não é tão mau. Eu estaria me alimentando pior sozinho. Não vou a lugar algum.
O Lee tentou disfarçar o pequeno sorriso que se formava em seus lábios.
— Você quem sabe.
— Eu queria ter ligado para a sua família, mas eu me dei conta... que nunca perguntei nada a você sobre eles. Se você tem irmãos, se vocês se falam com frequência... eu não tinha nenhum contato para passar para o hospital de familiares seus...
— Oh. Por isso você teve de ficar...
— Não, eu teria ficado de todo jeito. Mesmo que até seus ancestrais tivessem vindo — fez graça e o loiro riu. — Quer que eu peça para ligarem para alguém?
— Ah... não... eu estou bem. Não há necessidade de preocupar os meus pais atoa. E também não é como se eles pudessem fazer algo, eles não moram na cidade. Quando eu chegar em casa ligo para minha mãe. E então, quando eu saio?
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Mr. Alpha (in a dress) | HyunLix
Hayran KurguFelix Lee era um ômega solteiro em busca de um companheiro alfa para se casar. Por isso, recorreu a uma agência especializada que o arranjasse um bom pretendente. Depois de um número cansativo de encontros com alfas perfeitos, restou apenas o nome d...