Capítulo 23

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[SAM WINCHESTER]

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[SAM WINCHESTER]

Tudo que consigo ver a minha frente, é o espaço vazio de um estacionamento abandonado. O barulho da chuva produz um som latejante em cima do teto de alumínio. Algumas goteiras caem próximas a mim. Raios cortam o céu e a tempestade parece que não terá fim. Estou meio fraco, mas forte o suficiente para continuar acreditando que logo tudo isso irá acabar. O que me faz continuar achando forças de onde não tem, é pensar na Amanda. No que aconteceu com ela depois de ter sido golpeada daquele jeito, em como está agora e se está com medo da tempestade.

Conhecendo-a como tive privilégio de conhecer, ela deve estar assustada, precisando de mim, assim como eu preciso dela agora, mais do que nunca.

Estou sentando no chão frio de cimento. Minhas mãos foram amarradas pra cima com fivelas bem resistentes. Tirando as minhas pernas, do tórax pra cima, estou completamente impossibilitado de mexer qualquer coisa. Crowley e Baltazar, planejaram muito bem esse sequestro combinado com tortura. Segundo eles, irei ficar aqui quanto tempo for necessário. Baltazar colocou um copo d'água perto de mim, sabendo perfeitamente que só posso beber o líquido, caso ele quiser despejar na minha boca.

Um dos jogos dele é esse: deixar claro para sua presa, que não importa o que ela diga, sempre vai depender da boa vontade dele. O que de boa vontade, ele não tem nada. Assim como Crowley, que teve prazer em me acertar um soco bem no meu olho direito. Ambos querem que eu aceite a ideia de ficar sem alma novamente e trabalhar em conjunto deles. Aparentemente essa é a única maneira de me soltarem. Confesso ser uma proposta tentadora, mas, lembro com detalhes nítidos, o quanto as partes ruins da minha imortalidade foram nocivas.

Seguindo várias tentativas frustradas de quebrar as fivelas presa nos meus pulsos, Baltazar e Crowley surgem no meu campo de visão, sentados em cadeiras de madeira, que com certeza devem ter sido roubadas. Olho de lado para os dois, e me nego a deixar transparecer algum nível de sofrimento.

— Anda Sam, vamos lá garoto — Crowley diz em tom sarcástico — seria tão mais fácil se você cooperasse. Não precisaria disso tudo.

— Eu concordo — diz Baltazar, com a mão no peito, fingido estar comovido — não gosto de te prejudicar Winchester. Se fosse você, já teria cooperado.

Reviro os olhos e faço questão de demonstrar meu eterno tédio.

— Estão gastando saliva a toa. Eu não vou aceitar essa proposta e nenhuma outra. Posso até morrer aqui, mas, nunca, ouviram bem? Nunca irei ceder ao que vocês dois pedem.

Ambos se entreolham, rindo da minha cara.

— Virei palhaço agora? — perguntei debochando — foi mal mais não tenho cara de ser irmãos de vocês dois. Se é que me entendem.

— Isso tudo é por causa daquela menina a Amanda? — Baltazar gargalhou — Sam, isso é tão ridículo.

— Seu histórico com mulheres são os piores possíveis, porque achou que com essa seria diferente? — indagou Crowley.

𝐁𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐧𝐞𝐬 𝐎𝐟 𝐓𝐡𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐞 - 𝘚𝘢𝘮 𝘞𝘪𝘯𝘤𝘩𝘦𝘴𝘵𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora