Capítulo 24

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[AMANDA CAMERON]

Minha cabeça pendeu pro lado, fazendo-me acordar assustada com uma forte luz que queimava meus olhos. Dean estava de pé na minha frente, segurando uma lanterna. Bobby estava de pé ao seu lado. Ambos me olhavam procurando entender o que tinha acontecido.

Quando a luz da lanterna iluminou o lado onde o Sam deveria estar, um pânico tomou conta de mim. Sam não estava mais ali. Havia desaparecido outra vez. Falhei miseravelmente na missão que Dean me pedira para não perder o irmão dele de novo. Além de descumprir essa promessa, deixá-lo escapar pelas minhas mãos estava começando a se tornar um terrível hábito.

— O que aconteceu? Cadê o Sammy? — questionou Dean, ainda com a lanterna nos iluminando.

— Era pra ele estar aqui — repondo. O pânico querendo falar mais alto — não pode ser, eu o perdi, eu o perdi...

Dean joga a cabeça pra atrás, desacreditado.

— Porque deixou o celular lá fora no chão Amanda? Porque não agiu como Dean pediu? — Bobby perguntava, também segurando sua lanterna.

— Porque ela é teimosa Bobby, e olha só onde essa teimosia dela nos levou — respondeu o irmão de Sam.

Enquanto os dois conversavam entre si, me ajoelhei diante do local onde Sam estava poucas horas antes. Uma ponta de dor surgiu no meu peito. Depois de Baltazar e Crowley terem desaparecido e deixado o estacionamento abandonado na maior escuridão, impossibilitando qualquer pessoa enxergar, Sam Winchester e eu, ficamos abraçados no chão acariciando o cabelo um do outro. O cheiro de sangue seco que vinha dele, deixava-me muito triste. As correntes nas pernas, os fios nos pulsos, juntamente dos ferimentos em seu rosto só me encheriam ainda mais de culpa.

Como não tínhamos nenhum objeto por perto que produzisse luz, Sam pediu para ficarmos em silêncio porque Baltazar e Crowley poderiam estar tramando alguma coisa. Nós não os vimos mais. Simplesmente o breu escuro nos abraçou e desse modo, nossa única arma naquele momento era o silêncio. Contei pra ele que Bobby e Dean estavam a caminho e então, isso foi de certa forma, uma calmaria para nosso medo. Sam deitou sua cabeça no meu ombro, dizendo que tiraria um breve cochilo até que nosso regaste chegasse.

Tentei segurar a vontade de cochilar junto dele, no caso do pior voltar a acontecer. Contudo, a escuridão que cercava nossos olhos não ajudou em nada. Apoiei minha cabeça para atrás, na encosta da parede gélida e logo o cochilo me alcançou. Lembro que senti rapidamente, os lábios quentes do Sam encostarem nas costas da minha mão direita. Ao acordar, percebi que ele não estava mais ao meu lado.

— Eles devem tê-lo sequestrado mais uma vez — digo desesperada, levantando-se do chão.

— Ah não me diga — zombou Dean Winchester.

— Eu não entendo como isso foi acontecer, Baltazar e Crowley sumiram, nos deixaram nesse breu aqui. Como é que não senti ele sendo levado? Dessa vez eu não levei nenhuma pancada na cabeça...

— O efeito da primeira pancada deve estar triturando o restante dos seus neurônios — Dean estava furioso.

— Ei, o que é isso aqui? — a voz de Bobby chamou nossa atenção.

Me aproximei dele, seguido de Dean. Bobby encontrou um bilhete no chão escrito com uma caligrafia perfeitamente conhecida. O papel passou para minhas mãos e o remetente assinado embaixo, fez cada um de nós, congelar de choque.

Rodovia Plaza Street, número 313
Ps: espero que me perdoe Amanda
Para sempre seu, Sam Winchester

𝐁𝐞𝐭𝐰𝐞𝐞𝐧 𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐢𝐧𝐞𝐬 𝐎𝐟 𝐓𝐡𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐞 - 𝘚𝘢𝘮 𝘞𝘪𝘯𝘤𝘩𝘦𝘴𝘵𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora