Secretária Quinn. (SERÁ RETIRADA EM BREVE)

.11.

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Eu tinha acabado de chegar da casa da minha irmã e estava pronta para dormir, mas assim que deitei na cama, lembrei que não tinha deixado nada pronto para o dia seguinte. Eu devia levantar e fazer já que me arrependeria muito amanhã, mas no fim das contas deixei realmente para me arrepender só amanhã.

Apaguei as luzes e dobrei meu travesseiro. Eu devia ligar para meus pais e perguntar como estão, fazia um tempo desde que nós não nos víamos. Eu cresci em um rancho em uma fazenda na cidade vizinha, eu e Aurora crescemos arrodeia de muito amor. E apesar de gostar muito da vida tranquila que levávamos lá, meus pensamentos sempre esteve por aqui, eu tinha muitos sonhos e muita vontade de crescer e realmente aconteceu.

Hoje em dia eu trabalho para um dos diretores mais famosos de Nova York, dono de uma das empresas mais importantes da cidade. Mas não foi fácil, tive que me adaptar com ritmo daqui, trabalhei em pequenas empresas, cursei secretariado porque era nesse ramo em que eu ajudava meus pais no rancho. Até me substituírem por um homem e tentarem me fazer casar com o herdeiro da fazenda vizinha.

Eu odiei a ideia, era apenas uma menina. E na primeira oportunidade eu corri atrás do que eu queria, liberdade, independência e um mundo novo.

Um sorriso apareceu em meus lábios ao lembrar de como tudo aconteceu, e eu estava satisfeita com o resultado. Mas não com os da minha irmã. Se apaixonou pelo primeiro que se encontrou nessa cidade enorme e teve  Mel de cara. Eu sempre tive bons olhos para avaliar pessoas, e Ricardo nunca caiu em meus gostos. Tão pouco quando começou a se ausentar ainda no período de gravidez da minha irmã, chegava tarde e não lhe dava satisfação. 

Aurora ficou Sozinha na maior parte e aquilo a deixava triste, tanto que ela quis voltar para o rancho mas Ricardo a impediu dizendo que mudaria e que seria um bom pai para Melissa. Claro, ela acreditou, estava fragilizada e por mais que eu a aconselhasse as decisões seriam dela. 

Ele se demonstrava carinhoso quando eu ia visitá-la, e ele parecia feliz mas eu conhecia minha irmã tão bem quanto me conheço. Ela não estava bem, e por mais que sua resposta sempre fosse positiva eu sabia que alguma coisa estava errada.

E eu estava certa.

Me virei pela milésima vez em cima da cama. Eu queria dormir mas minha cabeça não parava, eu tinha que ajudar Aurora de alguma forma. Mas como ajudar alguém que não quer ser ajudado?

[...]

— Marcos, o Diretor Marquenze quer te ver em cinco minutos na sala dele. — Eu disse assim que passei pela porta do seu escritório.

— Está chegando agora? — Ele perguntou vindo em minha direção.

— Sim, Acabei de receber a mensagem. — Mostrei o chat em sua direção.

Marcos franziu a testa caminhando ao meu lado.

— E porque o meu primo não me mandou mensagem então?

Dei de ombros enfiando o celular de volta a bolsa.

— Foi um teste, para saber se eu ainda estou brava com ele.

O vice diretor Marquenze riu.

— Um teste?

— Sim, se eu visualizar e não responder como sempre respondo ele terá a resposta.