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Assim que a porta se fechou, explodimos em uma gargalhada.

— Você está se divertindo com isso, não está secretária Quinn? — Ele me fitou com um riso contido.

Massageei a testa ainda incrédula.

— Você não? — Ele soltou um longo suspiro e ajeitou sua gravata azul, hoje em um tom mais escuro.

A moça, que acaba de sair da sala, era simpática e foi até demais. No começo ela teve respostas eficientes, mas depois apelou para a sedução. Isso mesmo, mas certamente a perna ao qual seu salto roçou não foi a do diretor Marquenze e sim a minha, o que me fez levar um susto e espalhar água da xícara em meu vestido. 

Minhas bochechas estavam quentes pelo riso e principalmente pela situação, eu não sei quem havia ficado mais vermelha. Eu ou ela. Mas claro, Rafael adorou a ceninha e agora não para de esboçar um sorriso zombeiro. Ele retirou seu lenço e pediu permissão para secar as gotas do meu rosto. Seus dedos suaves tocaram meu queixo e meus olhos automaticamente foram aos seus, escuros, profundos, Intensos e calorosos. Pigarreei quando seus olhos desceram para meus lábios seus dedos congelados em meu rosto. Me afastei rapidamente.

Encarei meu relógio.

— Vamos chamar a próxima? — perguntei me recuperando.

Ele assentiu.

— Vai lá Quinn, o comando é todo seu.— Ele murmurou baixo.

Bufei em zombaria. Minutos depois estávamos sentados à mesa , uma garota jovem de lindos cabelos castanhos e curto. 

— Senhorita Rilan?

Ela assentiu com firmeza.

— Sim senhora, sou eu, e é um prazer conhecê-los. Olá diretor Marquenze. — Ele Assentiu com a cabeça embora eu tenha apertado a mão dela.

— Senhorita Rilan, estarei aqui mas é a minha secretária que  irá fazer algumas perguntas a você.— Ele apontou para mim. — Essa é a secretária Ana Quinn, a qual você poderá substituir.

Quase revirei meus olhos diante do seu tom, Rafael se encostou na cadeira claramente indicando que eu poderia prosseguir.

— Senhorita Rilan, por acaso você tem alguma experiência nesse ramo?

Ela negou.

— Não, mas prometo o meu melhor.

— Hm, certo. Aqui diz que você trabalhou por um período de um ano em Milton, posso lhe perguntar o porque saiu de uma de lá sendo uma empresa tão bem reconhecida quanto a M.O?

A garota que a pouco tempo se mantinha confiante se mostrou nervosa.

— Eu... Bem... Eu... Isso é um motivo pessoal.

Soltei um suspiro e a respeitei.

— Tudo bem, pode me dizer o porque quer trabalhar aqui?

— Isso é um motivo pessoal também.— Ela cruzou as pernas.

Pelo canto dos olhos vi o diretor Marquenze se esforçar para não rir. Cocei a cabeça sem jeito e tentei disfarçar.

— Pode me dizer uma qualidade sua que posso ter um bom desempenho em nossa empresa?

Secretária Quinn. (SERÁ RETIRADA EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora