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Ana Quinn

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Ana Quinn.
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Corri até a pia e vomitei tudo oque eu consegui comer e beber no bar, meus olhos arderam e minha garganta queimou com bile. Eu não conseguia ver sem sentir nojo, não do Rafael mas de Jane e pela forma como ela o abordou. Rafael poderia facilmente denunciá-la por abuso porque mesmo depois dele ter limpado os lábios ela insistiu o apertando.

Foram duas semanas, duas semanas em que eu não fazia absolutamente nada além de deitar na cama e lamentar. Justo hoje em que ele apareceu aqui foi que Bruno também sugeriu que saíssemos e para lembrarmos da infância. Mas as lembranças que eu tinha dele não eram boas, mesmo assim eu fui porque não aguentava mais ter apenas Rafael em minha cabeça. Era cansativo, torturante e doloroso. A sensação de ser traída é esmagadora, por mais que não tivéssemos passado anos juntos romanticamente.

Nossa conexão foi real, foi linda e foi intensa e derrepente tudo isso desabou na minha frente, na frente dos meus colegas e eu só senti vergonha, raiva e decepção. Mas agora vendo o vídeo e quase não suportando ficar em pé eu me sentia do mesmo jeito, com vergonha, com raiva e decepção dessa vez por mim.

Ele estava falando a verdade, e eu não acreditei. Rafael parecia assustado depois que Jane foi embora e ele ficou ali parado enquanto quase arrancava os lábios com a manga da sua roupa. Suspirei sentindo minha cabeça pesar, limpei meus olhos e me arrastei até o canto da cama. 

Merda, porque eu tinha que ter bebido tanto?

Meus olhos se fecharam pesados demais, e eu adormeci com o peito apertado com um peso enorme, e não era físico.

[...]

Eu podia estar maluca delirando,as jurei ter ouvido um grito. Grunhi de dor massageando a testa, eu estava um lixo. Na real, o meu quarto inteiro estava uma bagunça. Joguei o lençol para o lado e tentei me levantar foi quando eu ouvir o barulho de uma espingarda. E como mágica as lembranças de ontem a noite vieram, Rafael estava aqui!

— A meu Deus, meu pai vai mata-lo!

Desci entre tropeços até às escadas e ao me aproximar ouvi as vozes.

— Querido, abaixe esse negócio. Não podem conversar educadamente.

Meu pai resmungou.

— O que você fez foi com minha filha foi muito errado seu muleque, oque veio fazer aqui? Quem deixou entra-lo?

A cena que eu vi em minha frente seria engraçada se não fosse realmente preocupante, meu pai estava com o cano na direção de Rafael que estava de olhos arregalados e mãos estendida. Aurora estava encostada na porta enquanto bebericava o café como se a cena fosse habitual.

— ANDA MENINO, RESPONDA!

— Leandro, você está assustando ele!

Rafael se apressou em dizer.

Secretária Quinn. (SERÁ RETIRADA EM BREVE)Onde histórias criam vida. Descubra agora