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Leão
Eu não queria ter que me soltar da Pétala nunca mais nessa vida, mas eu precisei, pô.
Depois de nós dois fazer aquelas parada gostosinha, deixei minha gata sair da cama porque ela disse que tava cheia de coisa pra arrumar antes de levar a Jade pra nova casa.
Como o bom pau mandado daquela mulher que eu era, ajudei ela a arrumar a casa, ajeitando tudo que ela falou que tava fora do lugar, até ficar do agrado dela.
No final das contas não era sacrifício nenhum, pelo menos nós pode ficar junto praticamente o dia todo, e eu sempre me aproveitava quando chegava perto demais da minha preta.
Contei tudo pra ela, do papo com a minha família, e nós combinou que ia se encontrar no dia seguinte e levar a Jade pra conhecer meu irmão e meus pais, porque a Pétala tava casada e eu também, de tanta faxina que nós fez naquela casa.
Quando anoiteceu, a Bruna trouxe a Jade pra nós. A Pétala tinha acabado de tomar um banho, e eu tinha acabado de voltar de casa, porque precisei sair pra tomar banho e pegar uma roupa limpa também.
Jade: Paiê, você tá aqui! - ela pulou no meu colo, quando eu abri a porta.
Leão: E aí, minha princesa. Tava com saudade de tu - falei, apertando ela contra meu corpo, num abraço apertado.
Jade: Eu tava com saudade também - se afastou, mas continuou no meu colo, e segurou a minha corrente - A gente não se viu amanhã e nem hoje.
Bruna: Ontem e hoje, gatinha - corrigiu, passando a mão no cabelo da afilhada.
Leão: Eu te vi hoje mais cedo, mas tu tava dormindo.
Jade: Você poderia ter me acordado.
A Bruna riu incrédula.
Bruna: Quando fui te acordar, só faltou me bater.
A minha filha abaixou o rosto, com vergonha.
Leão: Desculpa eu? Fiquei resolvendo várias coisas ontem, lá na casa da tua vó, e aí hoje eu faxinei essa casa toda sozinho, porque tua mãe ficou sentada no sofá, igual ela tá agora.
Eu percebi que a Pétala negou com a cabeça, mas ela continuou penteando o cabelo molhado.
