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Pétala

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Pétala

Combinei de encontrar com a Bruna na pracinha, porque a Jade estava a semana todinha pedindo para o pai ensinar a andar de skate. Ele sempre adorou, e a minha filha estava curiosa pra aprender.

No fim das contas, o rolê acabou sendo maior do que a gente pensava, porque quando voltamos do ballet da Jade encontramos o Kauã na pracinha de papo com a Bru, e ela com cara de poucos amigos.

Bruna: Quem convidou esses dois? - ela perguntou no meu ouvido, quando me abraçou.

Pétala: Relaxa e para de ser implicante.

A Jade abraçou a madrinha dela e eu dei um beijo no Kauã antes de ele e o Lennon levarem minha filha lá para a quadrinha, onde começaram a ensinar ela a andar de skate.

Bruna: Uma bailarina de skate, que gracinha essa Jadoca - riu sentando do meu lado no bar que ficava próximo ao campo - Ela tá muito feliz, né? E se deu super bem com o tio.

Pétala: Não é difícil se dar bem com o Kauã. Ele é um amor.

Ela fez uma careta e eu ri.

A Bruna era zero amorosa com as pessoas. A única pessoa que ela demonstrava carinho era eu, e depois que a Jade nasceu, começou a fazer o mesmo com a afilhada.

O Kauã sempre deu encima da Bru, mas ela era mais velha do que ele, e era engraçado ver a minha amiga se achando muito mais madura que o Kaká e dando um fora nele em todas as oportunidades. No fundo eu até apoiava eles terem um lance. Os dois eram pessoas do bem e mereciam ser muito felizes. E eu sempre ia preferir qualquer outra pessoa que não fosse o Black.

A Bru pediu uma cervejinha pra nós duas e ficamos conversando sobre as nossas vidas enquanto víamos todas as tentativas da Jade de andar encima de um skate e o Lennon e o Kauã segurando minha filha toda vez que ela quase batia com a cara no chão, me deixando com o coração acelerado só de imaginar os tombos.

Quando o meu namorado estava encima do skate, o tio da Jade segurava ela nos braços e tentavam fazer o Leão cair a todo custo, se enfiando na frente dele.

Um tempinho depois, o Black entrou na praça com o Pato e com mais dois meninos, todos eles com um fuzil atravessado nas costas. Mas eles foram direto para o canto, de certo iam vender por ali também.

Olhei pra Bruna, que fingiu não ver nada, olhando para o céu.

Pigarreei e ela me ignorou.

Pétala: Qual o papo, gatona?

Bruna: Que papo?

Pétala: Não se faz de boba, Bru. Como tá teu lance com o Black?

Bruna: Que lance? Eu hein - ela deu de ombros e bebeu um gole da cerveja - Tem uns dias que a gente não se falou mais.

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