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Depois das ordens do Mendonça, o Pato deixou três moleques de mais confiança para acompanharem cada passo da Pétala enquanto ela estivesse sozinha. Não demorou até que recebesse a ligação de um dos garotos, avisando que viram o Black invadindo a casa da mulher do Leão.

Na mesma hora o Pato deixou tudo pra trás e correu até a casa dela.

Ele demorou uns três minutos pra chegar, e quando parou em frente a casa, mandou um dos garotos ir até a casa da Bruna chamar por ela. Imaginava que precisaria da ajuda de alguma mulher, e estava fora de cogitação contar com a Sarah ou com a Jéssica.

Os outros dois que o acompanharam, entraram atrás do seu corpo tentando não fazer barulho e todos os três tinham arma nas mãos engatilhada, esperando por qualquer reação que o Black fosse ter.

Mas o cara estava tão alheio a tudo que acontecia ao redor, sua única emoção era raiva. Pura raiva. E pelo menos agora, ele tinha em quem descontar.

Quando o Pato deu o primeiro passo para entrar no quarto escuro, a primeira coisa que ele viu foi o tapa que o Black deu no rosto da Pétala. Tão forte que pensou que pudesse ter quebrado alguma parte do rosto dela.

Mesmo estando com a arma na mão, ele não atirou. O corpo do Black estava deitado encima do corpo da garota, e se o Pato atirasse, provavelmente acabaria atingindo ela também. Teve que esperar estar perto o suficiente das costas do Black, para tirar a faca que carregava para todos os cantos. Antes de dar mais um passo, e correr o risco de entrar no campo de visão da Pétala, ele viu o Black levantando a mão mais uma vez, enquanto puxava o cabelo da garota com força em um punho.

Antes que a mão do filho da puta voltasse a tocar a pele dela, o Pato encurtou a distância entre eles e enfiou uma faca nas costas do Black, ouvindo o barulho do corpo rasgando ao mesmo tempo que o cara gritava pela dor.

Incapaz de sustentar o peso do próprio corpo, o Black caiu encima da garota sujando o corpo dela de sangue. Pétala não conseguiu se importar com isso, porque o choque tomou conta do seu corpo, e ela simplesmente não conseguia reagir.

Pato: Me ajuda aqui - falou, para os meninos que o acompanharam, entrando no quarto.

Eles empurraram o corpo do Black para o chão, enquanto ele ainda sangrava e gemia de dor, mas continuava acordado.

Assim que se viu livre do corpo dele, Pétala pulou pra fora da cama, indo para o lado oposto do quarto e se encolhendo o máximo que conseguiu. Suas pernas bambas não foram capazes de sustentar o peso do seu corpo, então ela escorregou com as costas na parede, ate se sentar no chão e voltar a se encolher, sem nem conseguir piscar.

A cama impedia que ela visse o corpo dele no chão, mas ainda conseguia ouvir os gemidos de dor e os pedidos de ajuda.

Os garotos estavam focados no Black se contorcendo no chão, tirando dele todas as armas presas em seu corpo.

O Pato desviou o olhar por um segundo, e encarou a Pétala no chão do quarto, ao lado do guarda-roupa. Tentou, com o olhar, mostrar que ficaria tudo bem mas não achou que conseguiu ser convincente. Ele teve que puxar o cobertor de cima da cama, vendo que a garota estava com uma camiseta muito maior do que o tamanho dela, mas suas pernas estavam descobertas e tremia muito.

Ele caminhou na direção dela. Ao parar em frente a Pétala, o Pato se abaixou e esticou o cobertor por cima do corpo dela, observando o quanto tremia.

Pato: Tá tudo bem agora, Pétala. Ele não vai mais te machucar - ela agarrou o tecido do cobertor entre os dedos - Eu pedi pra chamarem a Bruna. Acho que tu vai se sentir melhor quando ela chegar.

Ela continuou em silêncio, só o encarando.

Nem piscava.

Pato: Quer que eu ligue pro Leão? - a garota desviou o olhar, negando com um aceno. Nessa hora ele conseguiu ver muito bem a marca vermelha no rosto dela, mostrando exatamente onde o filho da puta tinha atingido com a mão - Quer que eu faça alguma coisa pra te ajudar?

Pétala: Na-não - gaguejou, com um fio de voz.

Pato: Ele te machucou além do rosto?

Ela torceu o nariz e sentiu os olhos voltarem a arder, mas dessa vez não era pela falta de ar, e sim pela vontade de chorar. Involuntariamente, suas mãos subiram para o seu pescoço, onde também haviam marcas.

Tapa nenhum que ele deu lhe causou tanto medo, dor e desespero, quanto a sensação de ter o ar roubado do seu corpo.

- Ae, Pato... a gente mata ele?

O cara desviou os olhos da Pétala pra encarar um dos garotos, e negou com a cabeça.

Pato: Só leva pra salinha e amarra o filho da puta. Quando morrer, não vai ser na minha mão, e nem na de vocês - ele mandou, já sabendo que o prazer de matar o Black não seria dele - Eu vou ficar aqui até ajeitar isso tudo, e até a Bruna chegar. Atividade aí, rapaziada, se der merda o Mendonça vai matar eu e vai matar vocês também!

Sem dizer nada, os garotos levantaram o Black e o arrastaram pra fora daquela casa.

Pato avisou a Pétala que ia buscar um copo de água pra ela beber, e bem na hora que estava na cozinha, a Bruna entrou desesperada em casa.

Bruna: Cadê ela?

A mulher não esperou nenhuma resposta, só entrou correndo no quarto, e se jogou no chão ao encontrar a Pétala ainda espremida no canto.

O choro veio de uma vez só, mas Pétala só permitiu derrubar a primeira lágrima quando sentiu a amiga abraçando seu corpo.

Me esperaOnde histórias criam vida. Descubra agora