Desencontros

30 - Magoa

Volteiiiiiii, e peço desculpa pela demora. Hoje tive um almoço em família que se estendeu até a noite, acabei me empolgado, bebi um pouquinho mais do que deveria e acordei agora.

Então vamos de capítulo?

Novamente obrigada, estou muito empolgada com vocês aqui comentando e participando, não conseguir responder vcs nos capítulos anteriores pq essa semana está bem puxada, mas volto ainda para reponder.

Boa leitura e até mais, tentarei postar ainda domingo, mas não garanto.
Beijinhos até mais 😘

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SEM REVISÃO

*Fernando*

Aquela noite foi a pior da minha vida, olhava o lado da cama vazio, o silêncio e a falta dela causavam um aperto no peito. Por vários momentos as imagens dela caída coberto de sangue invadiam minha cabeça e não contive o choro.

Eu poderia ter perdido ela, ter perdido nosso bebê, eu a deixei sozinha e ela quase foi abusada, eu fiz minha filha duvidar do meu amor, tudo por querer vingar o tempo que passei longe delas e agora eu mesmo era responsável por está longe.

Qual era a lógica?

Agora sem os olhos coberto de raiva eu conseguia ver e entender o quanto fui estupido, o quanto as magoei e decepcionei, jurei que sempre cuidaria das duas, mas estive longe quando mais precisaram de mim.

Olhei o relógio que acabara de marcar 6 horas, sei que era cedo, mas precisava de alguma notícia. Maiara ainda me mandou mensagem no final da noite, avisando que Maraisa havia acordado e jantado, mas que em seguida voltou a dormir.

Disquei o número da minha cunhada, que não demorou a atender.

-Maiara, desculpa. Eu preciso saber dela, do bebê...

-"Oi Fernando, bom dia." /ela estava com a voz sonolenta. /-"Durante a madrugada vieram duas vezes aplicar remédio, o médico avisou que ela ficaria sonolenta, mas que ambos estão bem e o bebê não corre nenhum risco. Provavelmente receberá alta agora pela manhã, umas 10 horas o doutor disse que passaria aqui, se estivesse tudo bem ela já poderá ir para casa." /suas palavras me deram um certo alívio, mas um certo incômodo me atingiu.

Casa? Que casa ela se referia.

-Casa? /a palavra que deveria ser um pensamento saiu em voz alta. /-Mai...

-"Agora não é o momento Fernando, e nem quero ouvir suas explicações, porque de verdade, não existe argumentos. Maraisa vem esses dias todos passando o diabo e você se quer sabe o que aconteceu com elas, o que aconteceu com o Fernando que todos nós conhecemos? Você fez muitas juras a elas e não cumpriu." /era possível ouvir sua respiração irritada. /-"Espero muito que decida o que quer da sua vida e avisa ela o mais rápido possível, porque não aguento mais ver minha irmã sofrendo e muito menos a minha sobrinha, você não merece elas, não merece essa criança que está chegando."

-Mai, sei que fui um idiota, não vou me justificar, sei que não há desculpas e o que fiz foi um grande erro e uma grande burrice, só quero uma chance para fazer tudo diferente. Eu amo sua irmã mais que tudo, amo nossos filhos e quero está ao seu lado para cuidar de cada um deles, só peço uma chance, me deixa vê-la? Me deixar ir na sua casa ver as duas. Juro que se magoá-la mas uma vez eu mesmo sumo... /minha voz vacilou, o choro já estava presente.

A dor que sentia era algo sufocante, agora sem a venda do ódio tampando minha visão percebia o quanto fui idiota, realmente não merecia elas, mas eu as amava mais que tudo, e isso era a única verdade da minha vida.