Desencontros

35 - Uma segunda chance

Volteiiiiiii, preparem-se que o próximo é o último, então já vamos nos despedido dessa fic, juntos, amei escrevê-la, espero que tenham gostado de acompanhar. Aproveitem os últimos momentos.

Brigada por estarem aqui.

Beijinhos e até o próximo 😘.

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SEM REVISÃO

*Fernando*

Estava em pé na frente da grande porta da mansão Mocó enquanto um turbilhão de sentimentos me dominavam, depois de tudo que ouvir ontem de Maraisa eu não conseguia mais sentir raiva da minha mãe, mas a mágoa por tudo que ela nos fez ainda continuava viva dentro de mim.

Ontem Maraisa foi muito sincera comigo e, pela primeira vez ela disse olhando em meus olhos que me culpou sim pelo que aconteceu com Fabrício, que agora ela conseguir separar, mas precisava me falar para que pudesse entender a dor da minha mãe. Depois da nossa conversar se quer conseguir dormir, Maraisa não estava errada, eu culpei meu pai por tudo que aconteceu com a nossa família e me culpei também por ter sido tão parecido com ele.

Maraisa não merecia passar por tudo isso, minha mãe não merecia ter passado por tudo isso.

Limpei as lágrimas que escorreram dos meus olhos sem que se quer percebesse, uma dor aguda me dominava, mas eu precisava ser forte, precisava me preparar para ouvir tudo da boca dela, finalmente entender que todo seu ódio foi uma forma de sobrevivência em meio a tanta dor.

-Oi. /me assustei ao sentir Marcelo tocar meu ombro, meu irmão me olhou assustado ao perceber que estava chorando.

-Oi. /sorri minimamente, me virando e o abraçando forte.

Marcelo estava confuso por me ver aqui, por me ver chorar, mas claramente ele não fazia ideia do que viria, do que ouviria. Julgamos nossa mãe por muitos e muitos anos, e no fim nenhum fazia ideia de tudo que ela passou, de tudo que teve que abdicar por nós três.

-Tudo bem? /Marcelo perguntou preocupado.

-Sim, só é um pouco louco está aqui depois desse tempo todo. /desconvencei, ele tinha que saber por ela.

-Pensei que nem viria, vamos entrar? /concordei com a cabeça e entramos.

Quando entramos nossa mãe e Rodrigo conversavam, ouvimos quando nosso irmão questionou o motivo dessa conversa, mas minha mãe foi sucinta ao dizer que ele saberia junto com todos.

-Com licença. /Marcelo entrou abraçando nossa mãe e lhe deixando um beijo no rosto, meu irmão nunca foi omisso a tudo que nossa mãe fez, mas ele também não se afastou dela.

-Oi meu filho. /minha mãe sorriu e segurou o rosto dele para então beijar sua bochecha.

Era possível ver algo diferente nela, a dor continuava em seus olhos, a raiva também ainda estava presente, mas ela já não era a mesma pessoa, já não via tanta frieza, tanto afastamento e tanta indiferença da parte dela em relação aos filhos.

Ela se afastou de Marcelo e se aproximou de mim, seus olhos estavam fixos nos meus, ambos ficamos com os olhos marejados.

-Posso lhe dar um abraço? /ela perguntou, percebi que Marcelo e Rodrigo se olharam, mas nenhum falou nada.

Apenas concordei com a cabeça, recebendo um abraço caloroso da mulher. Apesar de ser muito novo, lembrava de quando era criança e ela nos dava esse tipo de abraço, um turbilhão de sentimentos me invadiu e meu coração acelerou numa batida frenética.

-Amo você. /ela sussurrou ao meu ouvido, antes de se afastar e nos chamar para acompanhá-la até o escritório.

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