me acomodei ao lado do Bill e deixei que meu corpo relaxasse, sentir os dedos esguio do Kaulitz acariciar meus couro cabeludo e finalmente me entreguei ao sono.
acordei com um barulho estrondoso como se algo pesado tivesse sido jogado contra alguma coisa, me sentei imediatamente e sentir uma mão tampando minha boca e me fazendo deitar de novo
olhei para o lado e pude ver Tom com o dedo sob o lábio fazendo menção pra mim ficar quieta, fiquei sem entender e vi Bill abaixado com uma feição assustado.
–– o que está acontecendo? - sussurrei, os garotos não disseram nada apenas fez sinal de silêncio. Um barulho de unhas passando na lataria do carro me fez tapar os ouvidos
o barulho era agudo e super alto pra mim e antes que eu pudesse levantar a cabeça pra ver quem havia feito isso, dois estaladores passaram pelo lado do carro e pararam em frente
imediatamente coloquei a mão em cima da boca e me abaixei assim que um zumbi deformado parou ao lado do carro e colocou a mão no vidro
parecia que estava tentando sentir cheiro de algo e aí meu medo se apossou no meu corpo, eles não iriam sentir o meu cheiro mas o dos meninos sim
–– não façam nenhum barulho - sussurrei novamente. Ousei levantar a cabeça e olhar ao redor, os carros estavam todos tombados exceto o nosso e o do Lúcio
havia alguns monstros devorando o corpo dos outros homens, uma cena horrível de ser ver.
–– o-os outros....- sinto minhas lágrimas embaçar minha visão, meu coração se acelerou e meu peito começou a subir e descer.
–– se acalma - Tom pediu, sua mão estava gélida e seu rosto pálido. –– eles vão acabar nos ouvindo assim.
apenas assentir com a cabeça e me abaixei de novo.
ficamos alguns minutos quietos e apenas ouvindo a respiração um do outro, até que os barulhos pararam e os monstros foram embora.
–– o que foi aquilo? - pergunto com a voz trêmula.
–– não sei, foi tudo muito rápido - Disse Bill
–– os outros...o L-lúcio - sinto um nó se formando na minha garganta
–– se acalma, Louise! - Tom segurou meu rosto e alisou minhas bochechas com o polegar –– todos sabiam do risco que estávamos correndo ao sair do acampamento
–– o gente...
–– mesmo assim, todos estão mortos...e...
–– gente! - olhamos na direção do Bill e em seguida pro lado de fora.
–– aí...meu...Deus - engoli em seco. –– e-eles estão sentindo o cheiro de vocês...
–– será que eu tô fedendo? - Tom puxou um pouco sua roupa e cheirou –± me cheira aqui - levantou o braço na direção do irmão.
–– não é hora pra brincadeiras, Tom! - repreendo o trançado. –– não façam movimentos bru-ruscos...
antes que fizermos qualquer coisa o carro foi virado de lado, meu corpo prensou o do Bill na direção da porta e Tom caiu por cima de mim. Comecei a me desespera assim que sentir um cheiro forte de sangue
–– estão bem? - Perguntou Tom
–– minha cabeça...- resmungou Bill com a voz de dor
–– aí meu Deus, sua cabeça!
–– eu tô bem... Precisamos sair rápido daqui
–– não dar pra sair com esses monstros ali fora - Tom rebateu –– eu tô jovem demais pra morrer
–– calem a boca! - com cuidado vou pra parte do motorista.
precisava sair daqui antes que algo pior acontecesse, mas eu não fazia ideia do que fazer já que praticamente tudo estava em chamas. Puxei o ar para meus pulmões e quando ia voltar pro banco de trás o carro foi tombado arrancando gritos nossos, rapidamente eu tapei a boca e encarei os meninos, Tom estava com um corte na cabeça e Bill sangrava ainda.
sem pensar duas vezes eu chutei a porta do carro a fazendo bater contra uma árvore e a quebrando, não dei importância pro meu susto pela tamanha força. Assim que sair do carro ele estava com alguns monstros em volta que apenas pararam e me encaravam como se eu fosse uma relíquia, até os estaladores haviam parado.
–– meninos? - andei devagar até a porta e arranquei sem mais e menos
–– estamos bem - disse Bill com a voz fraca.
–– não se movam - ordeno. Passo a unha com força no meu braço e me abaixo, pego o sangue que escorria e esfrego no lado que não estava machucado do Bill –– vem! - o ajudo a sair.
Já Tom gemia baixo com dor em alguma parte do seu corpo, comecei a me desesperar quando não conseguir ajudar-lo a sair do carro
o cheiro de gasolina estava predominando minhas narinas me causando uma tontura enorme e dores fortes de cabeça.
–– vem, vem! - finalmente conseguir puxar-lo com ajuda de Bill.
–– precisamos sair daqui - Tom sussurrou
–– primeiro vamos nos afastar dos carros pois irão explodir a qualquer momento. Vão andando com cautela lá pra frente que eu vou ver se o Lúcio e os outros estão bem - tornei a sussurrar, ambos apenas concordaram com a cabeça e saíram andando sem fazer qualquer barulho
já eu sair normalmente e passei em meio aos monstros que foram dando abertura pra mim me atacar, franzi a sobrancelha e apressei o passo. Tentei abrir a porta do carro onde Lúcio estava mas foi tentativa em vão já que estava trancada, dei uma leve batidinha na janela.
–– Lúcio? Abra! - não obtive respostas alguma, dei uma olhada na direção dos meninos e soltei um suspiro pesado. –– abra, Lúcio! - outra tentativa falha, até que dei uma cotovelada na janela e não encontrei nenhum dos homens, apenas o corpo de Caleb sem vida no banco traseiro.
coloquei a mão na boca assustada com a imagem horrível na minha frente e virei o rosto.
–– que merda tá acontecendo!? - dou outra olhado e não vi nenhum, até que ouvir um estalo grande e olhei na direção dos gêmeos
os monstros que restaram ali caminhavam na direção dos meninos, meu coração acelerou e meu único movimento foi entrar no carro e acelerar na direção onde aquelas coisas horrendas estavam. O carro bateu com tudo no corpo deles, dei uma freada brusca e meu corpo quase saltou para fora do carro.
–– entrem logo! - praticamente grito.
Tom e Bill entraram às pressas no carro e eu arranquei com o carro daquele lugar. Podia sentir o medo e o pânico vindo do Bill e o desespero do Tom que a cada segundo olhava pra trás na direção onde os recentes mortos estavam.
–– por favor se acalmem, o pânico de vocês está me deixando nervosa...- engulo em seco pra me conter, lá no fundo eu estava adorando vê-los desse jeito, alguma coisa dentro de mim estava lutando pra se conter e não avançar nos meus meninos.
–– o que vamos fazer? - Perguntou Bill
–– primeiro vamos nos acalmar, depois pensamos nisso tudo que aconteceu - Tom respondeu. –– assim que chegarmos na cidade
–– tudo bem....mas é estranho, parecia que eles estavam esperando a gente algum tempo - dou uma olhada pelo espelho e encaro Bill
–– nós esperando? - pergunto confusa
–– sim amor, aconteceu tudo muito rápido e o único carro que não chegou a ser "atacado" foi o nosso - fez aspas com os dedos.
meus pensamentos começaram a embaralhar todo e uma pergunta se apossou da minha cabeça
e se eles estivessem na minha espera?
talvez fosse loucura minha mas algum tempo eu percebo uma mudança em relação aos monstros pertos do acampamentos, desde que os garotos saíram pra fazerem buscar de mantimentos nenhum dos homens e mulheres chegaram a serem atacados ou mortos. Balancei a cabeça afim de afastar tais pensamentos e continuei dirigindo em silêncio enquanto os gêmeos conversavam sobre ocorrido.
*
Continua
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APOCALIPSE | • Kaulitz
FanfictionJá imaginou se acontecesse um apocalipse zumbi neste exato momento? Você saberia o que fazer? Saberia como se defender, achar algum lugar ou até mesmo mantimentos pra sobreviver? Provavelmente sua resposta séria sim! Mas vai por mim é mais complicad...