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" talvez fosse egoísmo meu ter transformado o Bill só pra ter-lo pra sempre comigo
Ou não. Sentir o vazio que tive quando
O coração do Tom parou, não foi uma das melhores sensações que tive

Foi como se meu mundo inteiro parasse e girasse em slow motion."

Nunca lidei bem com a morte de pessoas que eu amo e não séria agora que eu saberia lidar.

Todo o apocalipse aconteceu depois do Octávio fazer um experimento com meu sangue e com um vírus. Nunca contei né? Octávio era dono de um laboratório famoso na Califórnia e sempre estranhou o fato de nunca me ver doente, até mesmo quando me achou

Minha imunidade sempre foi perfeita e nunca houve falhas.

meu único objetivo aqui é achar os meus garotos e sair daqui sem ter que machucar alguém
mais se algum deles estiverem machucados, não hesitarei em matar todos

isso é uma promessa!

caminhei na direção da enfermeira e agarrei pela garganta começando a sufocar-la com a mão, a mesma afrouxa o aperto, mas foi em vão já que eu tenho mais força que ela.

–– se não tirou por bem, vai tirar por mal!

–– p-para, eu tiro....eu tiro! - a outra enfermeira suplicou, olhei na direção dela e sorrir meiga. –– só não a machuque, por favor...eu imploro!

–– é tão patético ver vocês humanos suplicar por alguém que jamais faria o mesmo por você, masss - olho pra mulher que já estava começando a ficar roxa. –– tudo bem, serei misericordiosa... entretanto terão que me ajudar achar os meus rapazes e eu sei que você - olho pro médico. –– sabe muito bem onde eles estão.

sem delongas os dois concordaram e enfim eu soltei a mão do alto mesmo a fazendo cair no chão tossindo e com falta de ar.

–– irei buscar uma roupa pra senhorita. - dava pra ver o quão apavorada a enfermeira estava.

–– tudo bem, mas saiba que se você fazer algum movimento ou chamar alguém...eu vou arrancar todos seus membros com você ainda viva e depois a farei comer-los - sorrir de jeito fofo. –– pode ir e não demore.

tirei o braço da frente da porta e me sentei na cama de pernas cruzadas. O médico ia sair também, mas rapidamente eu o impedir.

–– aonde você pensa que vai? - pergunto sem desviar o olhar das minhas unhas. –– apenas ela vai e vocês dois ficaram comigo me fazendo companhia - sorrir

–– e-e-eu tenho outros pacientes... - sua voz falhou

–– fala grosso, Mariquinha! - estreito os olhos na direção dele.

passaram-se alguns minutos até que a enfermeira voltou com roupas de militares

__ assim você conseguirá entrar onde eles estão mais rápidos.

a encarei no fundo dos olhos na procura pra ver se ela havia dito ou feito alguma coisa que fosse me complica na busca dos garotos, mas não havia nada suspeito.

–– se ter dito algo pra alguém, eu te mato! E você olhe para lá - me refiro ao médico, assim que ele se vira de costas, eu coloco a roupa.

prendo meu cabelo em um coque alto, ajeito as roupas e as botas, solto um suspiro longo e me viro pra eles. Caminho na direção da enfermeira e toco com as duas mãos na cabeça dela, vou até a outra e faço o mesmo.

–– vamos - abaixo mais um pouco a boina e pego no braço do médico. –– se fazer algo suspeito, já sabe. - aperto com força e saio arrastando ele pra fora do quarto.

seguimos um caminho até chegarmos na área restrita, sempre olhando em minha volta pra ver se ninguém suspeitaria de nada.

quando estávamos próximos da escadaria dois militares passaram ao nosso lado conversando sobre algo que chamou minha atenção, de imediato eu parei de andar dei uma olhada na direção que eles estavam indo.

–– vão colocar o garotinho pra lutar contra o s4990. Só quero ver se aquele pirralho vai sobreviver

–– se ele não se cagar de medo antes - ambos riram.

mordi meus lábios pra conter a raiva e encarei o doutor ao meu lado.

–– vamos! - saio o arrastando. Descemos a escadaria às pressas, não podia deixar que meu irmão lutasse com nenhum monstro, embora nenhum fosse capaz de querer enfrentar-lo.

assim que entramos em uma ala cheia de portas de ferro, o que havia dentro das salas começaram a se agitar com minha presença e eu sabia exatamente o que tinha ali dentro

monstros

alguns batiam nos portas com força na tentativa de derrubarem, já outros gritavam de raiva e medo. Mas um som específico chamou minha atenção quase no final do corredor

um barulhinho de choro, seu cheiro bem e conhecido por mim

–– Órion....- paro de andar na mesma hora e me viro na direção da porta e coloco as mãos. –– Órion!? - sussurro e coloco o ouvido na porta

o choro parou, ouvir barulhos de passos próximo e sentir uma parte de alívio.

–– oi pequeno, eu vou te tirar daí! - ele balbuciou algo, olhei pra trás e encarei o doutor. –– abra, agora!

–– e-eu não po-posso...- engoliu em seco

–– abra ou vou abrir um furo no seu crânio!

–– tem câmeras aqui, vão saber e esse monstro é perigoso!

–– não pedir sua opinião, estou te dando ordens e é melhor fazer

–– só abre com o cartão da melícia...

–– não minta pra mim, eu sei que você tem o cartão daqui e outra... - levanto o cartão e sorrir cínica.

Olhei pra cima na procura das câmeras e as vi em cada canto, precisaria me livrar delas pra conseguir abrir a porta.

–– droga! - esbravejo baixo, como caralhos eu faria isso?

–– precisamos ir antes que que a melícia suspeite. - a voz do doutor falhava

–– abra a porta de algum deles aparecer é só dizer que irá verificar-lo ou seja lá que porra vocês fazem nessa merda de lugar. - o encarei no fundo do olhos já me irritando.

com muita relutância e contragosto ele abriu a porta com cautela, apanhou Órion no colo com bastante medo e saiu andando comigo atrás dele.

peguei a criatura do colo do homem e seguimos caminho até a primeira sala onde tinha o Georg com algemas nas mãos e nos pés.

–– Georg....- me assusto ao vê-lo jogado no chão com machucados em seu corpo, o sangue fresco escorria por sua testa e seus lábios estavam roxos.

APOCALIPSE | • Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora