liguei o registro da água e deixei o líquido descer por meu corpo inteiro, minha cabeça estava a milhões de pensamentos, frustrações, medo e angústia por ter passado tudo que passei até agora
pensar que por pouco eu não perdi Tom me deixa feliz e ao mesmo tempo com medo do que ele pode se tornar, mesmo que não tenha dado sinais de nada anormal
apenas força, olhos pretos e suas mãos virarem uma arma branca bem afiadas feito facas, mas parecida com pedras.
levantei um pouco a cabeça deixando que a água escorresse pelo meu cabelo e fechei os olhos por breves segundos.
"Louise..."
ouvir alguém chamando meu nome e abrir os olhos novamente, averiguei a minha volta mas não encontrei ninguém e nem os garotos, balancei a cabeça pra afastar esses pensamentos e peguei o sabão começando a passar pelo meu corpo.
" Louise?...."
abrir meus olhos de novo, franzi a testa e olhei a minha volta.
–– que porra tá acontecendo? - coloco o sabão em seu devido lugar e tiro resto da espuma do meu corpo, abro o box e me enrolo na toalha.
saio do banheiro e olha na direção da cama, Bill dormia tranquilamente enquanto Tom permanecia sentado refletindo sobre alguma coisa.
–– Tom? - chamei atenção do garoto que rapidamente me encarou.
–– oi amor, que cara é essa? - franziu o cenho preocupado –– seu cabelo tá com xampu.
–– estou ouvindo alguém chamando pelo meu nome - digo, passo a mão no cabelo e vejo que ainda tinha espuma.
–– chamando seu nome? - levantou a sobrancelha.
assenti, andei até às janelas e puxei um pouco das cortinas afim de ver o lado de fora.
–– esquece... aliás, onde está Órion que eu não o vi desde que entramos aqui - encaro Tom, vejo os olhos dele arregalando aos poucos
–– vocês não esqueceram ele dentro do c...- antes que eu terminasse o trançado se levantou correndo e saiu do quarto. –– sai da frente porra - ouvir ele gritar com alguém. –– Órion, papai tá chegando! - olhei pela janela e o Kaulitz passou rápido.
–– papai? - franzi a sobrancelha...
" Louise, está me ouvindo? "
–– ai! - coloco a mão na cabeça sentindo dor e me agacho.
começo a sentir pontadas na região da cabeça e uma tontura forte, apoio as duas mãos no chão e olho pra frente mas minha visão está completamente embaçada
tento chamar o Bill ou até mesmo grita, mas é em vão já que minha garganta tinha fechado.
começo a sentir falta de ar e meu corpo cai pra frente em fração de segundos.
acordo com um leve barulho de máquinas de hospitais e abro os olhos devagar
coloco a mão na frente do rosto pra tampar a claridade absurda da luz e espero minha visão se acostumar com a claridade.
–– ela acordou! - uma voz feminina soa ao meu lado
–– eu vou chamar um médico! - diz outra voz feminina
–– aonde eu estou? - olho em minha volta assim que consigo retornar a visão. –– onde está o Peter, Tom e Bill? - olho assustada ao perceber que estou em um hospital com vários adereços nos braços
–– senhorita, preciso que se acalme - diz a enfermeira ao meu lado tentando fazer com que eu deitasse de novo.
–– aonde estão eles?
–– olá, vejo que acordou - um homem negro de jaleco adentrou o quarto com uma prancheta em mãos e sorriu pra mim.
–– aonde eu estou e a quanto tempo estou aqui? - pergunto horrorizada
só três me observaram com cautela até que o médico soltou um suspiro e pegou uma lanterninha e se aproximou de mim
me afastei rapidamente e encarei ele com um olhar desaprovação.
–– está tudo bem, só quero checar seus sinais
relaxo um pouco os músculos e deixo ele me "examinar". Depois de um tempinho me examinando, o médico deu as costas e ia sair.
–– você não respondeu minhas perguntas. - encaro as costas dele
–– não tenho permissão pra dar essas informações, desculpe - disse, com o rosto virado por cima do ombro.
–– é melhor passar a ter ou eu mato você aqui e agora - tiro o coberto e me levanto.
–– não pode levantar - uma das enfermeiras me segurou pra não cair.
–– tudo bem, tudo bem...- o médico se virou e veio ajudar a moça. –– a senhorita está aqui já faz uma semana - arregalo meus olhos. –– achamos você com mais cinco monstros pressa em uma mansão
–– o que? - franzi o cenho.
–– o exército estavam a procura pra ver se restaram mais sobreviventes antes de trazer todos pra base militar de Berlin - engoli em seco –– você era a única humana entre eles, então lhe trouxeram pra cá
–– aonde estão os monstros que você falou? - começo a me desesperar, se algo ter acontecido com meus garotos...irei matar todos daqui. –– desculpe, é só isso que eu sei. Licença
deu as costas junto com as duas enfermeiras, mas eu não os deixaria sair antes de saber onde está meu irmão e os garotos.
–_ eu acho que não! - meu braço deu uma forma de pedra super afiada mas que aparecia uma asa.
–– o q-q-que? v-você também é um monstro! - abrir um sorriso largo e me levantei da cama
–– pois é, benzinho. - joguei a cabeça pro lado e os encarei.
–– como? Verificamos pra ver se você era uma humana ou monstro.- me encarou com medo e desespero.
–– aaaah...- abaixei a cabeça e levantei em seguida, ainda com o sorriso nos lábios. –– esse segredo eu não conto a ninguém. - faço sinal de silêncio. –– agora você vai me dizer onde estão os meus dois maridos, a criança, o cabeludo junto com eles e o mini monstrinho. Caso não me conte eu irei achar-los mais antes irei matar todos vocês ou transformar-los já que odeiam tanto nós
–– v-você não tem força pra combater a melícia - disse a enfermeira.
–– oh querida - olho pra ela. –– eu não morro, pode vir até o papa pra fazer um exorcismo e não vai adiantar de nada! - olho pro meu lado –– é melhor não fazer isso. - digo pra enfermeira que tentou me acertar com um vaso de flores.
mesmo sabendo que eles não iriam me dar nenhum tipo de informação de onde estaria os garotos, eu teria que arrancar deles e descobrir onde eles estão. Algo dentro de mim diz que Peter precisa de mim, eu consigo os sentir em algum lugar aqui....
–– me conte, aonde eles estão!
–– e-e-eu não sei - respondeu
–– se gaguejou é porque está mentindo. Só irei perguntar mais uma vez, onde eles estão? E é melhor dizer a verdade
–– eu não estou! - fecho meus olhos com força e mordo meus lábios.
–– eu sou um monstro, mas isso não significa que sou burra. - puxo os adereços do meu braço e caminho na direção da enfermeira. –– tira a roupa agora
–– n-n-não - levantei a sobrancelha
–– está bem....- sorrir largo.
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APOCALIPSE | • Kaulitz
FanfictionJá imaginou se acontecesse um apocalipse zumbi neste exato momento? Você saberia o que fazer? Saberia como se defender, achar algum lugar ou até mesmo mantimentos pra sobreviver? Provavelmente sua resposta séria sim! Mas vai por mim é mais complicad...