fomos guiados até um corredor e no final havia uma porta branca de madeira, encarei os dois rapazes e fiquei na dúvida se abria ou não
já o monstrinho me olhava apreensivo, seu coraçãozinho batia acelerado e dava pra ver aflição e o medo vindo dele. Um barulho de algo sendo arremessado chamou nossa atenção e Bill sem pensar duas vezes empurrou a porta e abriu puxando eu e o irmão pra dentro. Desci as escadas correndo e procurei pela saída, olhei pra trás e não conseguir ver o monstrinho e nem o Bill.
–– vamos logo! - só escutei a voz do Bill e um gritinho de susto vindo do andar de cima, a porta bateu e pude vê-lo descendo as escadas com a criatura nos braços.
–– porra, isso aqui tá um breu! - Tom indagou, caminhei na direção do mesmo e toquei no braço dele que de imediato deu um grito e um pulo.
–– sou eu! - seguro o riso
–– filha da puta do caralho, arrombada, sua desgraçada, demônia. Vai dar susto no seu pai!
–– meu pai tá morto...- um silêncio pairou no ar.
–– o meu também...- um silêncio ensurdecedor pairou de novo.
–– foda...mas por que você tá com medo? Eu protejo vocês! - rio baixo.
–– se esqueceram que tem monstros atrás de nós? - Bill indagou furioso. –– não é hora pra gracinhas!
–– é culpa dessa demônia gostosa! - sentir um aperto na minha bunda.
–– ui!
–– porra, não é momento pra isso - a voz de Bill soou mais grossa. Começamos a ouvir barulhos de coisas sendo derrubadas, olhei em volta na procura da passagem do porão e logo achei.
–– achei! - afirmo, ando na direção da escadaria e tento empurrar mas a passagem estava emperrada. –– a porta emperrou!
–– empurra! você é a mais forte de nós aqui - disse Tom.
apoiei as duas mãos e forcei pra empurrar, mas estava muito emperrado, olhei na minha volta a procura de algo que ajudasse
–– Louise anda logo! - disse Bill apreensivo –– os barulhos estão ficando mais próximos
–– calma, eu não virei a mulher maravi...- fiz mais força e a porta do porão abriu –– vilha...nossa!
saímos às pressas dali antes que mais monstros surgissem do nada, pulamos o pequeno muro da casa de trás. Olhei para trás e vi que os minutos estavam lentos demais, dei uma pausa e esperei que eles me alcançasse
Bill continuava carregando o monstrinho no colo, enquanto o pequeno apertava a camisa do rapaz com força e com a expressão de apavorado.
corremos pelas ruas desertas afim de acharmos um lugar que ao menos fosse "seguro" pra ficarmos até que tudo estivesse calmo. Embora estejamos nessa situação toda e quase a "beira da morte" minha cabeça só pensava no meu irmão, se ele estava bem ou não, talvez eu não devesse me preocupar tanto assim com ele
mas apesar de tudo é difícil depois de tudo que passamos desde criança.
–– preciso descansar um pouco - Bill resmungou cansado e ofegante
–– eu conheço esse lugar - parei de frente há uma casa pequena e encarei por alguns segundos.
–– conhece? - Tom indagou exausto
–– era a casa dos meus avós - solto um riso fraco. A casa estava intacta, sem sinais de arrombamento ou invasão
só o gramado que estava alto e algumas flores murchas, outras secas e sem vida. Continuei encarando até que tive uma ideia e me virei pra eles.
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APOCALIPSE | • Kaulitz
FanfictionJá imaginou se acontecesse um apocalipse zumbi neste exato momento? Você saberia o que fazer? Saberia como se defender, achar algum lugar ou até mesmo mantimentos pra sobreviver? Provavelmente sua resposta séria sim! Mas vai por mim é mais complicad...