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" as vezes acontecem coisas inesperadas com a gente, coisas boas ou ruins
coisas que desejamos muito e coisas que não queremos.
Talvez se eu não tivesse desistido da faculdade de medicina ou até mesmo de enfermagem
eu poderia ter ajudado algumas pessoas nos estágios...será que é esse o preço que estou pagando por não ter feito boas ações enquanto eu ainda era humana?

Bom não podemos fazer algo que não queremos, certo?
Por que todos os sofrimentos só acontecem comigo? As tragédias e as desordem natural?
Talvez tenham sabotado minha horta quando eu me distrair...

Não é desse jeito que eu imaginei morrer, não esmagada por um pedaço do teto, ainda tenho muito pra viver e explorar por esse mundo devastado...mesmo nesse apocalipse."

fechei meus olhos só esperando que o concreto caísse sob meu corpo, esperei o impacto mas algo o impediu

abrir o lado esquerdo do olho e vi dois pés, subir o olhar notando que alguém segurava o enorme concreto.

–– saí logo! - Bill quem segurava o montado de concreto. Sair de lá me arrastando e encarei o moreno na minha frente.

–– B-bill...- sentir um alívio em meu peito, as lágrimas se formaram em meus olhos

–– vem, precisamos pegar o Georg e o Peter - ele me ajudou a levantar.

–– Georg fugiu com o Peter, eu vim atrás do Órion...espera, onde está o Tom? - olho em nossa volta e começo a me desesperar.

–– ele está...- dou uma leve abaixada quando escuto outra explosão –– explodindo tudo, é melhor sairmos! - Bill pegou em minha mão e começou a me puxar

–– O Órion! - tento me solta mas foi em vão

–– Tom está com ele. Vamos antes que tudo aqui desmorone em cima de nós! - Bill deu um puxão forte em mim, me induzindo a correr pra fora daquele lugar asquerosos e horrendo.

no meio do caminho passamos por alguns milicianos mortos, alguns vivos mas acabaram sendo eliminados por mim e pelo Kaulitz. Nosso percurso até achar a saída foi difícil já que boa parte já estava desmoronada e ocultava nossa passagem, mesmo com tamanha força que tínhamos seria total perca de tempo tentar remover-las.

algumas partes se seguravam por pequenos fios e outras estava na beira prestes a cair, nosso tempo estava se limitando demais.

–– aqui também está fechado! - olho desesperado pro Bill. –– Bill, cuidado! - o garoto rapidamente se desviou de um pedaço do concreto.

olhamos em volta desesperados afim de chamar alguma brecha que pudéssemos sair.

–– aqui! - puxou minha mão e com minha ajuda tiramos uma parte do concreto. –– vai! Eu seguro.

sem mais esperas passei pelo buraco e quando ia me levantar algo caiu na minha mão, me causando um grito de dor e agonia

–– O que aconteceu? Preciso que segure pra mim passar.

–– caiu um concreto na minha mão!

–– droga! - o garoto esbravejou furioso. Me levantei com cuidado e meu braço voltou a virar um pedregulho ajudando Bill a passar pelo buraco.

APOCALIPSE | • Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora