12 » Desejo indesejável

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— Você não precisa se sentir assim, Aurora

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— Você não precisa se sentir assim, Aurora. - falou me olhando no fundo dos olhos, sua expressão meio chateada.

— Como não? Eu...eu estou sendo obrigada a me casar com seu irmão e se eu não me casar provavelmente eu morro. - gritei enfurecida.

— O seu pai jamais permitiria isso.

— Eu sei, mas minha mãe me torturaria com suas palavras venenosas todos os dias.

— Ela já não faz isso de qualquer forma?

— Você não está ajudando.

— Desculpe...é que...você deveria procurar uma forma de relaxar, sabe.

— Não existe alguma forma de relaxar para mim. Eu só quero saber o motivo do porque ela quer tanto que eu me case com ele. *

— Acho que não tem um motivo. Ela só quer que você se case porque é a escolha dela, recuse.

— Falar é fácil, Yoon... - me levantei.

Eu andava pra lá e pra cá tentando pensar em algo. Minha cabeça latejava de dor.
Yoon Lee me olhava, parecendo procurar uma resposta também.

Escutei um barulho forte na porta, olhei rapidamente assustada.

— O que foi isso? - indaguei, sentindo um arrepio na espinha. Yoon Lee também estava pálida e nervosa. Ela se ergueu do sofá e caminhou até a porta, abrindo-a com cuidado.

— Não há ninguém aqui. - constatou, observando os corredores vazios e silenciosos com seus olhos atentos.

Caminhamos um pouco no corredor tentando achar algo que tenha feito esse barulho.

Não sei explicar, mas foi um barulho alto, um barulho assustador...como se estivesse acontecido algo com alguém.

— Não vamos mexer nisso. Deve ter sido só um engano. - disse ela, com uma voz tranquila. Eu estava curiosa para saber o que tinha acontecido, mas não insisti. — Aposto que foi coisa do Daniel. - revirei os olhos ao ouvir esse nome.

— Qual é a dele? - reclamei, irritada.

— Ele me quer. - ela afirmou, e eu revirei os olhos de novo. Eu sentia uma raiva crescer em mim, mas não sabia por quê.

— Querer você e desejar seu corpo são coisas distintas. - declarei, cerrando os braços, com um olhar firme.

— De novo essa história? Ele não me quer só pelo meu corpo, ele me ama. Você é insuportável! - retrucou ela, elevando o tom de voz, visivelmente irritada, mas eu não me abalei.

— Você é tão ingênua... - sussurrei, aproximando-me dela com os braços cruzados.

Ela recuou um passo, mas não conseguiu escapar do meu olhar, encarei ela que era alguns centímetros mais baixa. Seus olhos castanhos me fitavam com uma mistura de medo e desafio, sua boca rosada se comprimia em uma linha fina. Ela estava furiosa comigo, mas eu só conseguia pensar em como ela era linda...

Escândalo Real | SÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora