Jonathan Vitteri
—Por favor Roger, leve isso até a senhora Vitteri.- mando ao segurança da família entregando o envelope preto em seus mãos.
—Certo Senhor, mais alguma coisa?- pergunta com as duas mãos em frente ao corpo. Nego, e o observo se retirar do cômodo.
Me encosto na cadeira de couro marrom e respiro fundo olhando para cima.
Hoje comemoramos o décimo ano desde que assumi a cadeira da famiglia. Como tradição, comemoramos com uma grande festa, que particularmente não me agrada muito.
Festas nunca foram o meu forte. Pelo estilo de vida que fui obrigado a ter, não tive muitas oportunidades de aproveitar a minha juventude, não do jeito que eu queria.
—Jonathan!- ouço o berro e acordo de meus pensamentos vendo a figura masculina, muito parecida comigo, só que na versão feia, parar a minha frente.
—Oque?- pergunto sem expressão voltando a analisar alguns papéis de contratos futuros.
—Por que está tão mal-humorado? Hoje é a sua festa pajero.- ele comemora sentando-se a minha frente.
—Eu sei. Mas não estou entendendo essa sua animação para uma festa da máfia, com velhos chatos que ficarão no seu pé a noite inteira afim de convence-lo a se casar imediatamente.- vejo seu sorriso morrer aos poucos- Tirando as senhoras que jogarão suas filhas sanguessugas achando que você se encantará por alguma.- quando acabo de falar sua expressão já era de puro tédio e repulsa.
Juan Pablo é o significado completo de libertino. Meu irmão não é um homem aclamado pelo seu comportamento duvidoso. Mas apesar de todos os seus comportamentos inadequados para um vice líder, ele é um dos poucos homens que confio cegamente.
—Que mal humor é esse? Você acabou com os sonhos de uma criança, seu monstro sem coração.- reclama bicudo me fazendo dar um pequeno sorriso de lado.
—Eu não sou um monstro e você muito menos criança.- alego levantando afim de tira-lo daqui antes que seus resmungos escrotos apareçam.
—Claro que sou. Oque acha que iria fazer hoje?- questiona segurando o meu braço que já o empurrava até a porta.
—Certamente, brincar com os sentimentos de alguém.- falo neutro e ele abre a boca alarmado com meu julgamento.
—Mas é claro que não! Pareço ser tão escroto assim? Me senti ofendido, Jonathan.- ele se solta de mim de forma dramática limpando seu terno sob medida.
—E oque você iria fazer então?- questiono impaciente querendo que esse filho da puta vá embora logo.
—Iria dar o prazer que elas tanto procuram- seu silêncio dura por longos segundos- E depois descarta-las.- sorri torto.
Sem esperar, empurro e fecho a porta em sua cara ouvindo o grito de indignação junto com um chute.
—Seu velho! Até parece que nunca fez isso na vida.- grita.
Se um dia eu reclamei de ser filho único, que arrependimento. Era muito otário mesmo.
...
O dia já estava perto de anoitecer quando sai do escritório da empresa para verificar a sede da máfia.
Quando assumi, muitos rumores de que a nossa família era aliada da máfia surgiram e para o bem da nossa imagem e vida dupla decidi que era o momento de reforçar a vida "mundana".
Terminei os estudos de administração há dois anos e com isso fundei a nossa empresa de tecnologia. A empresa technology point foi um tiro no escuro que acertou a cabeçado alvo. Em menos de 9 meses já tínhamos filias espalhadas pelo mundo. Não só por minha inteligência mas pela vida de meu pai que fez tudo para que fossemos reconhecidos mundialmente.
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O Rei do crime
RandomJonathan Vitteri, chefe da máfia mexicana, é o homem mais temido e aclamado pela sua famiglia. Após a morte de seu pai, aos seus nove anos, teve que se tornar um homem, começando então a sua iniciação antes do esperado para herdar a cadeira. Bianca...