Capítulo 8

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Jonathan Sanroman

—Calem a boca.- gritei já puto com esse falatório na minha cabeça. Maldita pessoa que inventou esse jantar de noivado na minha casa sem o meu consentimento.

Ah. é a minha mãe a maldita, que sorte a minha.

—Por que não nos contou antes que iria se casar?- insistiu Santiago engolindo um pão.

—Deve ser porque eu não sabia caralho! Já falei três vezes a mesma coisa.- suspiro passando a mão na testa.

Desde que cheguei em casa essas crianças não calam a boca. Fizeram questão de ir me buscar na sede, aporrinhando tudo e a todos até que eu perdesse a paciência e viesse logo para casa.

—E como ela é?- perguntou Elisa.

—Loira, alta e o tipo do seu irmão.- respondeu Ísis escolhendo o vinho para o jantar.

—Achei que o seu tipo fosse ruivas.-alega Santiago confuso.

—O tipo dele é qualquer buraco em que possa enfiar o pau.-Juan Pablo chega com os seus comentários maravilhosos para a ocasião.- Sentiram minha falta?

—Não.- responderam juntos me fazendo rir.

Meu telefone toca, e cerro os olhos ao ver o nome de Rafael Carbone acender na tela.

—Oque devo a honra para a sua ligação meu caro amigo?-atendo ao sair da sala de jantar.

—Que caralhos você tem na cabeça de matar um homem da minha máfia figglo de puttana?-gritou enfurecido.-Me ligava e resolvíamos a situação.

—Ele invadiu a minha área sem a minha permissão, iria sequestrar um membro da minha famiglia eu tinha o direito de matá-lo.-sento na cadeira de meu escritório ao entrar lá.

—Você tinha o dever de me avisar.

—Eu avisei, quando matei ele.

Ouço o suspiro e um sorriso de lado apareceu em meu rosto.

Não somos aliados dos italianos por um erro dos antigos líderes, eu ainda não tenho e nem sei se terei confiança neles para uma nova parceria.

—Quero marcar uma reunião..

—Não.

—Já avisei aos juízes, e na próxima semana estaremos ai para resolvermos esse caso.

—Eu não autorizei tal decisão.- levando puto.

—Você não pode autorizar algo quando concilia o profissional com o pessoal.-disse firme- Quero algo em troca pelo homem que perdi.

O cornudo desligou na minha cara.

Estava possesso, querendo arrancar a cabeça de um!

Como poderiam armar um encontro desses sem me consultar antes?

Saio do escritório indo de encontro ao falatório animado de minha família com a minha noiva que acabara de chegar acompanhada de Martim e Mirella que evitava me olhar.

—Boa noite Capo.- cumprimentou Martim.
Apenas acenei com a cabeça, deixando claro que minha paciência não estava das melhores.

—Pode vir até o meu escritório?-ele acena me acompanhando até lá.

—Pode me dizer que caralhos vocês tem na cabeça de marcar uma reunião com os italianos sem a minha concessão?- pergunto firme ao entrarmos na sala.

—Eu iria te avisar depois do jantar, mas pelo que parece o Carbone quis notícia-ló primeiro.- riu baixo indo se servir de whisky se sentando em uma das cadeiras.

O Rei do crimeOnde histórias criam vida. Descubra agora