Capítulo 21

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"Nós somos os guerreiros que aprenderam a amar a dor."

Jonathan Vitteri

Chegamos há uma meia hora atrás no local que levaram Ísis. Conseguia ver pela janela a mesma sentada em uma cadeira grande, encarando friamente um homem que estava de costas para nós.

Foram trinta minutos na estrada, andando a 20Km/h para que os motores não fizessem tanto barulho. Tirando a péssima iluminação.

Estávamos em um canto afastado da cidade, que era mais rural. As casas eram distantes uma das outras, e a estrada de chão fudeu com a porra do meu carro.

—Qual é o plano Capo?- Juan chama minha atenção.

—Mandei homens para a parte de trás da casa, e outros na mata ao redor. Nós dois entramos pela frente e os seguranças por trás. Eles não terão por onde sair.

—Eu espero que não.- alegou colocando o seu colete.

Eu já estava com o meu esperando o momento certo para agir. Por alguma razão, desconhecida por mim, me sinto estranho nesse lugar.

A sensação de sufocamento e aperto no peito me deixam angustiado por não entender o motivo disso.

Vejo um brinco caído no chão e me certifico de que seja o da loira que continuava no carro ainda assustada com toda essa situação.

—Acha que trazê-la foi uma boa ideia?- Juan pergunta olhando para o carro que viemos.

—Eu sinto que sim, então vamos esperar.

Andei até o veículo abrindo a porta do passageiro assustando a minha esposa por um segundo.

—Dios homem! Que susto!- disse com a mão no peito.

—Acho que o seu brinco agarrou na minha roupa sem querer.- mostrei o objeto a ela, que ficou confusa de imediato colocando a mão em uma das orelhas.

—Ah, eu nem reparei.- pegou o brinco ainda sem saber em que momento isso aconteceu. Espero ela colocar na orelha para voltar minha atenção em seu rosto novamente.

—Não saia daqui até que eu apareça, mas se você sentir que a coisa não está boa lá dentro pegue o carro e fuja para o mais longe possível entendeu? Alguns seguranças te seguirão.

—Eu não sei dirigir.- se desesperou por essa possibilidade.

—O carro é automático, só controle o volante que você se saíra bem.- a acalmei por uns instantes.- Vou indo.

—Espera.- me chamou receosa em dizer algo.- Só.. não morra ok? Não quero ficar viúva na minha primeira noite de casada.

Não esperava que nossa noite terminasse dessa forma.

—Não se preocupe esposa.- sorri dando um beijo rápido em seus lábios.

Volto para perto dos homens em total escuridão, sabendo que agora seria o momento certo.

—Prontos?

—Sim, senhor.

Andávamos em passos lentos, temendo que qualquer barulho despertasse os filhos da puta lá dentro.

—Abatemos oque estavam aqui atrás senhor.- ouço Roger falar ao microfone.

Essa era a carta branca para invadir.

Paro ao lado da porta de madeira escura, tendo a visão de meu irmão a minha frente.

Está tudo calmo demais, não houve nenhuma agitação lá dentro.

O Rei do crimeOnde histórias criam vida. Descubra agora