Capítulo 20

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Bianca Vitteri

Olhava pela janela a movimentação das pessoas na festa. Vestia a blusa de meu marido, que tomava seu banho enquanto eu o esperava para irmos viajar.

Ainda consigo senti-lo dentro de mim e curiosamente tenho o desejo de fazer de novo.

Mordo o lábio lembrando dos seus toques quentes em meu corpo. O gosto de seu beijo era o significado perfeito de perdição.

Nunca imaginei que conseguiria sentir prazer dessa forma e com um homem como ele.

Ouço batidas na porta, e logo a voz de Ísis chamando o filho.

Vou até lá abrindo só a fresta mostrando só a minha cabeça.

—Oi, ele está no banho.

Ela pareceu surpresa ao me ver ali.

—Ah querida,- sorriu fraco mudando totalmente sua afeição.-Quando ele terminar, peça para que me encontre no escritório por favor.

—Claro!- sorri gentil me despedindo dela.

Por que sinto que algo está errado entre esses dois? Mais do que o normal.

Andei até a cama me sentando nela pensando nisso.

Vejo em Ísis uma mãe protetora, que nega seu amor para livrar os filhos de algo. Mas oque seria? Passou o tempo que os membros fingiam não se importar para salvar a família de um ataque ou algo do tipo. Eles seriam alvos do mesmo jeito.

Do que ela tem tanto medo, para que tenha que negar os próprios filhos?

—Bianca?- acordo de meus pensamentos encarando Jonathan.- Quem estava chamando?

—Sua mãe. Ela pediu para você ir até o escritório, acho que algo grave aconteceu.- respondi enquanto ele colocava a blusa social azul.

—Quando voltarmos eu converso com ela.- fingiu indiferença pegando algumas malas no armário.- Vamos?

—Certo.- respondo meio contrariada.

E se realmente ela estiver precisando de ajuda?

—Não se preocupe com ela, Ísis sabe se virar.- me tranquilizou enquanto saímos do quarto.

Com essa resposta já sei que o "algo errado" tem haver com o Jonathan.

—Para onde vamos?- perguntei quando entramos no carro, na Judith para ser mais exata.

—Surpresa esposa.- sorriu misterioso.

Balancei a cabeça em negação antes de colocar o cinto de segurança.

Na saída do sítio, os convidados se amontoaram aplaudindo e se despedindo de nós. Mais à frente conseguia ver a família Vitteri enfileirada acenando para o irmão que buzinou em resposta.

Consigo ver em seus olhos a preocupação de deixá-los, nem que seja por poucos dias sem sua supervisão.

Eles por outro lado pareciam animados para tal evento.

—Posso fazer uma pergunta?- me viro para ele quando já estávamos na estrada.

—Sim, e não precisa perguntar se pode ou não sempre que tiver curiosidade em algo.- esclareceu prestando atenção no trânsito.

—Certo.- me endireitei.- Bom,- limpei a garganta pensando em uma forma menos invasiva de fazer tal pergunta.- O ex Capo, como ele morreu?

Já estudei sobre ele e sua família, mas ninguém sabe ao certo como houve o ataque de fato.

O Rei do crimeOnde histórias criam vida. Descubra agora