03

669 74 18
                                    

pov: narrador

O restaurante com espaço ao ar livre havia sido escolhido em puro consenso por todos, que foram agraciados pela paisagem que os levava a uma dimensão elevada, quase que ao igualar ao paraíso. No horizonte via-se o encontro imensurável do céu estrelado com o mar, e a brisa fresca aquecia seus corpos quase como um abraço.

Foi o tempo de colocarem os pés no hall do restaurante para que Sarah recebesse uma ligação inadiável de sua assessora, e sabendo da demora que provavelmente a conversa levaria, todos resolveram aguarda-la na mesa.

- Aqui é tão bonito, né Ju?! - Disse Abadia, admirada com a vista e o deslumbre pelos detalhes da decoração do restaurante.

- É realmente muito lindo, visse. - Respondeu Juliette, também imersa na magia do local.

Evandro era apressado e impaciente demais para aguardar pelo retorno da filha, por isso sinalizou, atraindo a atenção e a presença do garçom designado a atende-los.

- Olá, boa noite! - O garçom cumprimentou assim que se aproximou da mesa. - Como posso ajuda-los? Já querem fazer algum pedido? - Perguntou.

- Ainda não, estamos esperando a presença ilustre da minha filha. - Evandro brincou de maneira descontraída, arrancando um singelo sorriso do garçom e dos demais. - Mas gostaríamos de iniciar com uma garrafa de um delicioso chardonnay.

- Você ao menos perguntou se todos estamos de acordo?! - Rebateu Abadia, envergonhada com a falta de inclusão do marido.

- Perdão, eu não quis ser mal educado, é que eu tinha comentado, mais cedo, com o Lourival sobre o vinho que a Abadia e eu tomamos, e pensei que iriam gostar de experimentar. - Esclareceu.

- Qualquer gorózinho pra mim é sempre bem-vindo. - O pai de Juliette brincou, amenizando a situação, e arrancando risadas sinceras.

- Aí painho, nem pro senhor fazer o fino, né. - Juliette entrou na brincadeira.

- Pode trazer o vinho que o Evandro escolheu mesmo, moço. - Fátima opinou.

- Tudo bem, trarei um chardonnay para vocês. - Respondeu o garçom, anotando o pedido na comanda. - Com licença. - Finalizou, e foi em busca do vinho.

Lua havia se rendido ao sono, e dormia tranquilamente no bebê conforto que repousava no chão, bem ao lado da cadeira de sua mãe. Sarah demorou cerca de trinta minutos para se juntar novamente à sua família, que já estavam na segunda taça.

- Desculpa, pessoal. Era inadiável. - Se desculpou a loira, após sentar-se à mesa, já com uma taça nas mãos. - Já fizeram os pedidos? - Perguntou, e ao ver o gesto gentil de seu sogro ao inclinar a garrafa de vinho em sua direção, a loira esticou sua taça para que fosse preenchida novamente, pelo líquido claro do vinho.

- Não amor, estávamos te esperando, só pedimos o vinho mesmo. - O toque delicado e corriqueiro de Juliette em apoiar a mão sobre a coxa de Sarah, ainda despertava as borboletas em seu estômago.

- Então já podemos pedir. - Disse a loira, tentando não demonstrar para os demais o quanto já estava desejando toques mais íntimos de sua esposa.

- Ainda bem que o seu Evandro não aguentou te esperar pra pedir o vinho, você já tava até bebendo. - A morena comentou de modo que apenas sua esposa ouvisse.

- Eu ganhei de uma fã. - Contou Sarah.

Uma pequena sinalização foi o suficiente para atrair a atenção do garçom, que veio acompanhado de uma jovem garçonete ruiva, com algumas pequenas sardas num tom de castanho claro, mais presentes na região das maçãs do rosto.

Sariette - Paixão de RealityOnde histórias criam vida. Descubra agora