Sariette - Paixão de Reality

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pov: narrador

Três últimos beijos estalados foram postos sobre a clavícula de Sarah, em resposta a sequência do código amoroso usado por elas para expressar o amor que sentiam uma pela outra. (2323)

O mútuo sentimento de que o coração sairia pela boca e de ondas severas de calor incendiarem da cabeça à ponta dos pés, ainda era sentido tanto por Sarah quanto por Juliette, após a dádiva de um orgasmo em conjunto.

Acabaram por dormir, nuas e completamente satisfeitas. Mas Juliette não se sentiu nenhum pouco satisfeita quando foi despertada, e teve que lidar com a ausência de sua esposa. A paraibana havia sido despertada com o choro agudo de Lua, que também havia acordado de uma soneca. Atravessou para o outro lado do corredor e além de sua miniatura, também encontrou um lindo ramalhete de tulipas vermelhas, repousado sobre a cômoda, e acompanhado de um cartão.

"Meu amor, me perdoa por ter saído sem me despedir, ocorreu uma emergência no escritório, e me perdoa também por não estar aí pra ver esse seu sorriso iluminar  todo o nosso quarto, e saiba que ele também ilumina a minha vida.
- 223"

Sarah conhecia a esposa o suficiente para saber que ela estava sorrindo enquanto lia a mensagem daquele cartão, e tendo sido pensado ou não, aquele ato diminuiu a chateação por sua ausência.

Depois de acalmar Lua, Juliette correu para o seu celular com dois intuitos, mas resolveu seguir o primeiro deles, para que tivesse tempo de se preparar. Quando acordado com sua sogra, de que Lua poderia passar a noite com eles, a paraibana correu para organizar as coisas da filha, que estava entretida com o mordedor. 

Enquanto arrumava a bolsa que Lua levaria para a casa dos avós, Juliette pensava em uma forma de também surpreender sua esposa. Queria que a noite fosse tão especial quanto o início daquele dia. Era como se sua mente estivesse com infinitas abas abertas, cogitou até cozinhar, mas o receio de que pudesse dar errado, fez essa aba ser fechada, e surgir uma nova, pedir comida é sempre uma opção viável.

Foi o tempo de arrumar a bolsa de Lua, dar um banho nela, que a todo momento brincava com as bolinhas de sabão que surgiam durante o banho, para ouvirem a sequência de buzinadas eufóricas do carro de Evandro, que muito provavelmente ganhou um esporro de sua esposa.

— Me desculpa, querida, o Evandro vira uma criança impaciente e ansiosa quando vocês ligam. — Esclareceu Abadia, esticando os braços para receber a netinha em seu colo.

— Não é com frequência que isso acontece, então eu fico ansioso mesmo. — Evandro se defendeu.

— A verdade é que você fica com medo delas desistirem. — Abadia se referia a noite de Lua com os avós.

— Eu tô realmente repensando a ideia.. — Brincou Juliette.

— Nem brinca, minha nora. — Disse Evandro, esticando-se para dar um beijo sobre a cabeça de Juliette. — E cadê a minha filhota?

— Ela foi pro escritório. — Juliette respondeu. — Provavelmente precisou revezar alguma coisa do lançamento ou fazer os últimos ajustes.

— E já tem data? — Abadia quis saber, em meio a uma careta engraçada que fazia com o intuito de Lua rir.

— Daqui duas semanas. — Juliette respondeu, admirando a sogra brincar com sua filha.