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Sarah:

Parecia que eu estava num filme e que o modo "câmera lenta" havia sido selecionado, foi o que eu senti nos poucos segundos em que aquela porta levou para ser aberta.

Meu coração batia descompassado, minhas mãos chegaram a tremer na cintura da morena.

Eu realmente estava traumatizada com a saída da Kerline, eu não queria prejudicar Juliette de nenhuma forma.

A falsa saída do Gil serviu pra me mostrar que eu preciso deles aqui comigo, eu consegui ficar quase uma semana longe do meu amigo, mas eu não conseguiria ficar nem um dia sem a morena.

Gil arregalou os olhos, e abafou seu grito com a palma das mãos.

Era a primeira vez que Gil presenciava uma cena mais quente entre Juliette e eu.

O nordestino se aproximou da gente pulando e rindo.

- Pega fogo no cabaréee! Gil tentava controlar seu entusiasmo pelos demais participantes estarem dormindo no quarto ao lado, mas sem muito sucesso, visto que eu pedia pra ele falar mais baixo. - Beija de novo. Gil pediu. - Vai, rapidinho. O homem incentivava. - O Brasil quer ver. Ele insinuou rindo.

- Eu sou tímida, amigo. Juliette falou tentando parecer receosa, mas logo deixou a risada escapar, revelando brincar quando quase de imediato a nordestina segurou meu rosto e me beijou.

Era engraçado ver a empolgação do Gil, e ao mesmo tempo fazia com que eu me sentisse culpada por não ter aberto o jogo antes com ele, achando que o mesmo não guardaria segredo, e ele estava sabendo lidar muito bem com tudo isso, pelo menos até agora.

Juliette e eu paramos o beijo entre risadas e selinhos, Gil não se controlava e soltava um comentário a cada segundo.

- Eu não acredito que isso tava acontecendo debaixo do meu nariz o tempo todo. O economista ainda parecia surpreso. - Sarah, o Brasil deve tá rindo de mim. Ele colocou as mãos perto da boca, incrédulo. - Gente, é sério. Como eu não percebi isso antes?!

- Não se culpe amigo, nós que somos boas em esconder as coisas. A morena se gabou, rindo. - Mas se dependesse apenas de mim, todos já estariam sabendo. Juliette revirou os olhos após me encarar.

- Oxe amiga, e porque você não quer contar pro resto da casa?! Gil me fitou nos olhos, enquanto trocava de roupa.

- Porque eu tenho medo.. Eu soltei um suspiro antes de prosseguir. - Que ela vire o alvo de votos, como foi com a Kerline.

As mãos da morena repousaram em meu rosto, e seus dedos deslizaram sob minha pele numa carícia.

Por mais que Juliette não concordasse em manter nosso relacionamento em segredo, ela entendia o meu medo.

- E de mim você não se afastou né, quenga. Gil falou rindo, e eu não pude evitar de rir. - Eu que me lasque indo pra paredão.

- Nem tive a chance, nós dois viramos as opções desde o início.

-Agora falando sério, isso não tem nada haver mulher, se ela tiver que ir pro paredão, ela vai. Gil finalmente terminou de se vestir. - Quem decide se ela saí ou não, é o público.

Sariette - Paixão de RealityOnde histórias criam vida. Descubra agora