05

497 60 7
                                    

pov: narrador

Era um daqueles dias em que o céu ganha uma nova tonalidade, onde a imensidão azul ganha a companhia de um tom alaranjado, dava-se início a mais um crepúsculo vespertino, mas nada se comparava ao prazer de estar perto de quem se ama. A água aquecida do chuveiro foi o fator determinante para que o blindex estivesse parcialmente embaçado, mas ainda assim presenteava Juliette com a visão turva da perfeita silhueta de sua esposa através do vidro, além da cantoria de Sarah, dava-se para ouvir o som do encontro da água com o porcelanato. Evitando ao máximo fazer qualquer som audível, Juliette amarrou o cabelo em um coque alto, e fez uma das coisas que Sarah jamais hesitaria em fazer, retirou cada uma de suas peças de roupas, e seguiu para o box, onde seu desejo era de desfrutar, não só da presença de sua esposa, como do seu corpo também.

A sola dos pés da morena entrou em contato com o porcelanato de cor escura do chão do box, e causou a mesma sensação de quando suas mãos deslizaram pela cintura da loira, e seus corpos foram quase que automaticamente colados. Os lábios rosados de Juliette se fecharam num beijo estalado na parte inferior do ombro direito de Sarah, se misturando as gotículas de água espalhadas pelo corpo pálido, o que provocou em Juliette uma sensação de anseio para devora-la. A loira havia sido surpreendida positivamente com a companhia inesperada de sua esposa em seu banho, e sentiu a rigidez dos bicos dos seios de Juliette encostarem contra suas costas. A mais alta permitiu-se fechar os olhos na mesma intensidade em que seus seios estavam sendo pressionados contra os dedos ágeis de Juliette, ela até tentou se virar para encarar sua mulher nos olhos, adorava ver o desejo em seu olhar, mas foi impedida de uma forma nada carinhosa, mas muito sedutora. Com o auxílio da mão esquerda, Juliette agarrou firmemente nos fios loiros e pressionou a lateral do rosto pálido de Sarah contra o gélido da parede do banheiro, deixando a loira sentir-se completamente incendiada após esse ato, intensificando ainda mais o seu desejo. A escapada de um gemido rouco que saiu dos lábios carnudos da loira no exato momento do ato, fez contato quase que direto com o centro mais íntimo da morena, despertando algo que nem sequer estava adormecido, não se importando com a água que agora molhou todo o seu corpo.

Juliette usou um de seus joelhos para afastar as pernas da esposa, uma da outra. Após o feito, seus dedos pressionaram a nádega farta e empinada num aperto que fez a outra arfar em resposta. A morena queria ir com muita sede ao pote, mas ao mesmo tempo queria levar sua esposa à loucura, aos poucos, então cravou seus dentes numa mordiscada próximo ao seu ombro.

— Amorrr.. — Sarah gemeu, com a rouquidão ainda mais acentuada em sua voz.

— Fala, eu quero te ouvir pedir. — Respondeu Juliette, poderia julgar seu pedido como se tivesse dado uma ordem, mas a maneira como seus lábios espalhavam beijos pelas costas nuas de sua esposa, deixava a dúvida.

— Me fode, amor. — A voz rouca saiu arrastada. — Não me faça implorar. — Pediu, já quase suplicando, ansiando pelos toques, que tanto amava, da esposa.

Logo, os dedos morenos foram deslizados pela cintura pálida, e finalmente percorreram o caminho que Sarah tanto queria, ao encontro da sua intimidade, e lhe proporcionaram um orgasmo múltiplo e esplêndido.

Não demorou quase nada para que a loira retomasse a consciência e o sentido dos seus atos, já foi logo desligando o chuveiro e suspendendo sua esposa em seu colo, prontas para recomeçar, o que começaram ali, mas em outro lugar.

— Melhor do que gozar pra você, é te ver gozando pra mim. — Disse Sarah após deitar Juliette sobre a cama do casal, obtendo como resposta um sorriso, que deixou transparecer ainda mais o desejo e excitação em seu rosto.

A morena sabia exatamente do poder que Sarah era capaz de exercer sobre o seu corpo, sem ao menos toca-la, mas tê-la entre suas pernas se deliciando com sua intimidade à levava ao ápice do prazer, em poucos minutos.

Entre gemidos, sussurros e confissões íntimas, elas se deliciavam em proporcionar prazer uma à outra; em sentir a quentura de seus corpos um contra o outro; de observar a transpiração que juntas exalavam; da alteração em suas respirações; do modo como se saciavam e mesmo assim sempre queriam mais, e mais, e mais...

Juliette estava com metade de seu corpo sobre o corpo de sua esposa, ambas completamente nuas. A cabeça da paraibana estava repousada sobre os seios de sua esposa, ouvindo seus batimentos cardíacos, como um hábito antigo, que adquiriu no reality, e assim manteve. Entretanto, Sarah deslizava calmamente a ponta de seus dedos sobre as costas nuas de Juliette, vez ou outra, afastava alguns fios castanhos que teimavam em grudar nas costas morena. A loira passou a mover seus dedos lentamente, desenhando nas costas de sua esposa, uma das numerações preferidas do casal "223", e obteve como resposta a segunda numeração preferida do casal, Juliette dedilhou a numeração "2323" sob o colo do seio direito de Sarah. Essas numerações nada mais eram do que uma brincadeira romântica e íntima do casal, como forma de expressarem o seu amor, sem necessariamente precisar usar os lábios devido o cansaço causado pelo momento de prazer que ocorria antes dessa declaração silenciosa. Depois que faziam amor, sentiam a extrema necessidade de manifestarem os sentimentos bons que uma sentia pela outra, e encontraram a maneira de resumir em uma pequena -e ao mesmo tempo forte- frase expressada por um dos sentidos sensoriais: o tato.

Eu = 2                                  
Te = 2                             
Amo = 3       

x

Eu = 2
Que = 3
Te = 2
Amo = 3
                      
                                              

Sariette - Paixão de RealityOnde histórias criam vida. Descubra agora