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pov: narrador

O casal não havia pregado os olhos na noite passada, e por isso as olheiras, mas o sorriso no rosto era devido ao que as manteve acordadas. O sol despertou com inveja do brilho que emanava dos olhos tanto de Sarah quanto de Juliette. Era como se a chama do amor delas tivesse ganhado ainda mais intensidade devido aos dias em que estiveram distantes.

— Eu ainda não acredito que você fez isso. — Disse Juliette, completamente inundada pelo sentimento de deslumbre, passeando com seu polegar sob a mais recente tatuagem de Sarah.

A ex loira estava trocando de roupas, pronta para vestir uma blusa quando foi pega pela cintura, mais uma vez, pelas mãos que tanto amava. Juliette puxou delicadamente a esposa até a beira da cama, onde estava sentada, e pressionou delicadamente seus lábios contra a costela de sua esposa, mas precisamente sob a recente tatuagem dela.

— Eu ainda não tenho certeza se você gostou... — Sarah brincou com o fato de Juliette toda hora dizer o quanto amou a declaração e eternização do amor delas, em sua pele.

— É que é a segunda coisa mais linda que eu vi hoje. — Os olhos castanhos se direcionaram aos verdes, encontrando o amor. — 223 — Juliette declarou para a esposa, mas poderia facilmente estar lendo a tatuagem de Sarah, que inclinou o corpo e encheu os lábios de sua esposa com selinhos.

— E você achando que eu tava te traindo. — Sarah sussurrou, em meio a uma risada.

— Mas é claro, você tinha desaparecido, disse que tava no escritório e a Monique sequer tinha te visto lá. — Mais um selinho foi dado, mas dessa vez por iniciativa de Juliette.

— E quando cheguei em casa, eu que fui surpreendida sendo expulsa de casa. — Elas acabaram por rir, finalmente aquilo que as assombrou por dias, parece ter se tornado apenas uma lembrança que as faz rir.

Logo se apressaram em descer para não perder o café da manhã.

— Bom dia, família linda. — Sarah desejou, juntando-se ao restante da família à sala de jantar. — Ué, cadê a Lua?

— Bom dia, meus amores. — Foi a vez de Juliette desejar, mas apesar da alegria presente em sua voz, sua fala foi seguida por um bocejo.

— Eu ia dizer que tiveram uma excelente noite de sono, mas pelo jeito vocês nem sequer dormiram. — Abadia disse, apontando para o ato de Juliette.

— Como a senhora ousa insinuar isso na frente dos meus pais, dona Abadia? — Juliette forçou um tom ofendido, enquanto sentava à mesa. — Eu sou uma mulher tão pura.

— Nem antes e nem depois do vinho, minha filha. —Lourival juntou-se à brincadeira, fazendo todos rirem em uníssono.

— Chega de falarem sobre a minha pureza.. Vem cá, vocês brigaram, brigaram pra saber quem dormiria com a minha pitica, e agora cadê ela? — Juliette perguntou, também sentindo falta de sua miniatura.

— Pois é, cadê a minha bonequinha que não tá botando essa casa de cabeça pra baixo ainda? — Sarah reforçou o questionamento.

— Tá acabando com a coluna do Evandro. — Fátima respondeu, apontando para a janela que dava a visão da área externa da casa, onde todos foram agraciados com a cena. Lua estava pendurada nas costas do avô, como um macaquinho, enquanto Evandro dava o seu máximo para que a neta continuasse causando inveja aos pássaros com sua doce gargalhada ecoando pelos ares.

Sariette - Paixão de RealityOnde histórias criam vida. Descubra agora