Apaga a Luz - Gabigol

008 | Sei Lá

Local: Ceará, Praia da Taíba, Carmel.📍
(19 de dezembro de 2022)

Estella Moreno

Esse definitivamente foi o melhor banho que tomei na minha vida, acho que nunca esfregue tanto meu corpo pra tirar qualquer cheiro de mar na minha vida.

Lavar bem meu cabelo pra tirar a areia e aproveitei pra dar uma hidratada, ninguém merece cabelo podre. Depois do banho separei a roupa que vou vestir e voltei pro banheiro pra fazer uma meke simples, passar meus cremes no corpo e sequei meu cabelo.

Visto meu vestido que é aqueles que tem uma tira que passa pelas costas, cobre os seios deixando a barriga amostra e "amarra" no pescoço. Coloquei um bracelete dourado combinando com o brinco de argola media e um anel tambem de ouro no dedo.

Calço um tamanco baixo preto com uma pequena tira no meio do pé e me olho no espelho vendo que ficou bom.

Antes de chegar no meu quarto eu falei com a Ava que tinha ficado aqui no resort e avisei que iria sair pra juntar fora com um amigo e ela compreendeu.

Vejo a minha filha e o Gabriel menor sentados na mesa do restaurante com a Ava e me aproximo da Sina.

— boa noite. - Desejei a eles me abaixando ao lado da cadeira da Selina que me abraçou.

— a senhora tá cheirosa, vai encontrar um namorado? - Perguntou minha filha e senti minhas bochechas queimando.

— não, a mamãe vai jantar com um amigo, não vou volta hoje então sem dá trabalho pra Ava ok? Depois do jantar, banho, pijama, assistir por 30 minutos e dormir ok? - Pergunto pra ela que assentiu fazendo sinal com a dedinho.

— 40 minutos? - Perguntou Selina e olhei pra Ava que assentiu.

— ok, passou disso, sem Tablet e sem TV. E o senhor, seus pais chegaram? - Pergunto pro Gabriel menor que estava meio triste.

— Não, minha vó disse que eles vão chegar amanhã. - Disse o loirinho desanimado.

Os pais deles depois que os negócios deram certos estão ficado mais afastados dele, tô aqui deis do dia 16, hoje já é dia 19 e eles não chegaram ainda.

Me aproximei dele pegando sua mãozinha e sorrio.

— você quer dormir no quarto da tia com a Ava e a Selina? Vocês podem assistir um filme legal, comer um docinho e amanhã a gente faz uma festa do pijama bem legal tá bom? - fiz cosquinha nele que rir e assentiu.

— eu posso assistir 41 minutos? - Perguntou Gabriel menor arrengando com a Selina e neguei com a cabeça.

— 40 minutos e não se fala mais nisso. - Digo dando um beijo no seu rosto e levantei sentindo minha panturilha doer.

Vejo o Gabriel encostado na árvore ao lado da mesa e sorrio vendo sua roupa. Calção preto da Nike, camisa branca da LV e um tênis branco da Nike.

Sorrio olhando pra ele e me aproximo depois de me despedir da minha filha, da Ava e do Gabriel menor.

Arrumei meu vestido e ele me olhou de cima a baixo com um sorrisinho de lado.

— você tá linda. - Falou e sorrio mexendo os ombros.

— posso dizer o mesmo de você. Então aonde você vai me levar? - Pergunto e ele mordeu a bochecha.

— o cara do turismo disse que aqui pertinho tem um restaurante bom, mas você conhece melhor doque eu. - Falou e lembrei de um em específico.

— Eu tenho uma ideia. Você gosta de comida italiana? - Pergunto pegando a chave do meu carro na minha bolsa.

— eu morei na italia um tempo, então se eu não gostasse seria complicado. - Falou lembre que ele já esteve no Inter de Milão.

Estendi minha mão pra ele que pegou e lê guiei até o estacionamento onde está meu carro, apertei na chave pra destrancar e entrei no banco do motorista, vendo ele entrar no do passageiro.

— Me conta mais como foi sua experiência na Itália. - peço a ele que me contou algumas coisas na Itália e sua experiência no Inter.

— depois de lá eu fui por Benfica em Lisboa e foi isso minha passagem pela Europa. - me contou e continuei concentrada na estrada.

— pra você deve ter sido péssimo não estar jogando, mas pensa pelo lado positivo, você conheceu culturas novas. - Digo pra ele lembrando das minhas viagens

— sim, com certeza, eu adoro a culinária italiana. - Falou e sorrio.

— Eu adoro conhecer a culinária de outros países, a minha família é uma grande mistura, tem africano, tem holandes, portugues, indígena e por aí vai. - Digo concentrada na estrada.

— qual sua comida favorita? - Perguntou e sorrio.

— Bife, batata frita, arroz e feijão preto, não tem erro, adoro pizza, hambúrguer e afins, mas não troco meu feijão preto por nada. - falei e ele concordou.

— é a sua comida favorita? - Pergunto pra ele.

— igual o seu, só inclui um ovo e está ótimo, mas eu também adoro uma lasanha de carne. - Falou e sorrio lembrando do meu avô.

— essa era a comida favorita do meu vô, sempre no dia dos pais era uma tradição nossa? Nós íamos no supermercado, comprávamos os ingredientes e faziamos a melhor lasanha da vida. Desculpa. - Digo me lembrando de momentos em experiêncificos e fico meio emocionada.

— tudo bem, não se desculpa por compartilha um boa lembrança. As melhores lembranças são aquelas que fazem a gente ficar nostálgicos, porque no fim elas são as que vão tirar a gente da fundo do poço. - Falou me fazendo refletir.

— De Gabriel Barbosa, um filósofo contemporânea, compositor da canção de ninar e poema "É que sou o dono da festa, faço uma party com as bi pelada, dinheiro eu 'to jogando pro alto, só porque minha conta 'tá lotada". - Cantei e ele gargalhou alto.

— isso que não pode tá vendo, a gente tenta motivar, mas é zoado. - Falou rindo e gargalhei estacionando o carro na vaga do estacionamento.

— desculpa, é que essa música fica na cabeça, eu passei o dia todinho com "Tudo que eu faço é claro que é foda, é por isso que os bico se incomoda" na cabeça cara. - digo e ele rir.

Gabriel: Ando trajado
'To sempre na moda
Se eu 'to em campo
É certo tua derrota. - cantou no meu ouvido passando o braço pelo meu pescoço quando decemos do carro.

O restaurante em si é como se fosse uma ilha, tem uma piscina bem iluminada com desenhos no fundo e uma ponte pra você atravessar e chegar no restaurante.

Tem a área que é minha favorita, é uma pequena área com um deck de madeira afastado que tem vista pro mar, e eu amo o mar, então é incrível.

Vejo Elizabeta na recepção e sorrio me aproximando dela junto do Gabriel.

— Oi Eliza, eu queria uma mesa pra dois. - Digo e ela sorrir me comprimentando

— Oi Estella, como vai? A mesa 7 está disponível, você vai querer ela? - informou e perguntou a mulher loira com sotaque italiano bem forte.

— sim, por favor, eu vou bem e você? - Pergunto quando ela me entregou a plaquinha pra levarmos pra nossa mesa.

Sempre quando chegamos e pegamos uma mesa na recepção, eles entregam uma plaquinha escrito "disponível" de um lado e do outro "indisponível", isso significa que se você quer que o garçom venha até você, deixe a plaquinha do disponível, se não quer ai deixe a do indisponível.

Estella Moreno