012 | Tapa na Cara

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Local: Rio de Janeiro, Alphaville, Casa da Estella. 📍
(28 de dezembro de 2023)

Estella Moreno

Acordei com um tapa na minha cara e abro os olhos vendo o Gabriel dormindo. Sinto sua outra mão na minha bunda e massageio onde ele bateu no meu rosto.

Ele nem fez por querer, mas essa mão dele é pesada pra porra. Deixa ele acordar, eu vou devolver o tapa nessa bundona dele.

Dei risada, me afasto dele que começou a coçar a barba e volta a dormir de boca aberta me fazendo segurar o riso.

Lembrei de como ele veio parar aqui em casa ontem, a gente tava trocando mensagens e de repente ele veio me dá meu "presente de natal".

Esse garoto é muito gaiato.

Vou até o banheiro, faço meu xixi, lavo minhas mão, penteio meu cabelo e prendo ele em coque com uma xuxinha preta, lavo meu rosto e escovo os dentes.

Saio do banheiro e volto pra cama, me aproximo dele que se vira pro outro lado da cama e me posiciono atrás dele.

- Gabi. - chamo ele baixinho até ele responder sonolento.

- eu vou preparar café da manhã pra gente, você gosta de fruta? - Perguntou no ouvido dele fazendo um carinho na sua barriga e ele sorrir como se estivesse gostando disso ainda de olhos fechados.

- sim, qualquer uma, menos uva verde e aquele que tem pelo. - Falou sonolento e sorrio assentindo.

- você pode comer presunto e queijo? - Perguntou e ele assentiu me agarrando.

- não precisa fazer nada não, fica aqui. - Falou e dei risada.

- não, eu tô com fome, sei que você tá com sono então pode voltar a dormir. - falei me separando dele e beijo sua bochecha vendo ele voltar a dormir.

Saio do quarto, vou até a cozinhar e vejo o quê tem de fruta na geladeira. Kiwi, morango, banana e ameixa?

Quem come ameixa em pleno 2022? Que negócio ruim da porra.

Vejo dona Leila chegar com a Safira cheia de coisas como se tivessem chegado da feira agora.

- dona Leila, a senhora é minha salvação. - falei lê ajudando com as sacolas e vejo o Juninho meu segurança chegando com mais sacolas.

Fiquei sabendo que os dois estão com um rolo.

- aí meus braços. Só espera um instante que eu já vou preparar o café pra você minha filha. - Falou e sorrio negando.

- pode descansar que eu vou fazer uns sanduíches pra gente comer. - falei separado as frutas pra lavar e guardar na geladeira.

- descansar que eu ajudo ela. - Falou pra dona Leila e olhei pra Safira levantando as sobrancelhas e ela sorrir assentindo.

- Eu vou buscar o seu creme verde pros braços, mainha. - Falou Safira saindo da cozinha.

- Minha filha, as meninas vem hoje ou amanhã? - Perguntou dona Leila e sorrio lembrando das minha pitiquinhas.

- Hoje, Patrick vai trazer elas aqui, falando nisso tenho que pegar os livros que a Serena esqueceu lá na minha mãe antes do Natal. - falei lembrando.

Lavo as frutas, corto algumas e coloco na geladeira pra esfriar.

Preparo alguns sanduíche, com presunto, queijo e requeijão na sanduícheira e deixo os do Gabriel lá dentro pra manter quente.

- menina e qual foi o resultado do negócio que você tava fazendo ontem? - Perguntou e lê olhei.

- Ganhamos duas vezes dos meninos do Jon. - Digo sorrindo e mexendo a cabeça como se fosse óbvio.

Antes do Natal o Jon Vlogs desafiou eu e uns amigos meus para um apostado de Valorant. Foi totalmente pelo conteúdo, mas eu que não perco pelo conteúdo.

- menina tu é muito competitiva nessa coisa de games. - Falou e achei graça.

- Faz parte. - Digo rindo.

- Bom dia - disse o digníssimo me dando um susto e olhei pra cara de sono do meliante.

- credo Gabriel, não faz um negócio desse. - falei colocando a mão no peito e respirei fundo.

- foi mal. Não queria te assustar . - Falou e só vi a dona Leila saindo de fininho da cozinha.

- sei, você é todo engracadinho, duvido nada que tava só de butuca pra me assustar. - falei pegando um prato com os sanduíche para entregar à ele que deu risada.

- eu ainda tenho que me acostumar com essas sua gírias. - Falou é lê olhei indignada e ele rir da minha cara.

- Eu nem falo tão diferente assim, falo? - Digo e pergunto depois com dúvida.

- Não é tão diferente, eu só não tô acostumado, você tem um sotaque carioca misturado com cearense, gírias do Rio, do Ceará e de Minas Gerais. - Falou o Gabriel contando nós dedos e sorrio.

Coloquei o prato na sua frente e fui até a geladeira pra pegar as frutas que cortei.

Comecei a lavar as coisas que estavam na pia e senti seu olhar na minha bunda, quando olhei pra trás so confirmei minha dúvida e dei risada do sorriso safado no rosto do Gabriel.

- Tu para de me olhar assim, garoto, ou eu vou ser obrigada a me joga em cima de você. - Falei dramaticamente e ele rir mexendo as sobrancelhas.

- Como se eu fosse achar ruim. - terminei de lavar a louça e coloquei pra secar.

Comemos em silêncio até que a Safira entra na cozinha e olha pro Gabriel arregalando os olhos e saiu correndo, nos dois nos olhamos e caímos na risada.

- Quem era? - Perguntou me olhando e me aproximei dele pra ame sentar ao seu lado, ele me puxou pro seu colo e dei risada.

Ele está sentado meio de lado na cadeira com as pernas pra fora da mesa.

- A Safira, ela é filha da tia Leila, toda maluqinha pelo Flamengo. - Digo rindo e ele assentiu o voltou a comer.

Iria levantar do seu colo,  mas ele me segurou pela cintura e lê olhei entediada.

- Gabriel eu estou sentada em cima da taça da Libertadores tem como você me deixar ter respeito por ela? - pergunto sarcasticamente e ele gargalhou.

- Seria melhor se você estivesse pelada, mas eu tenho certeza que a taça se sente privilegiada por estar de baixo da sua bunda gostosa. - falou me olhando e mordeu meu beiço me fazendo rir.

Estella Moreno

Apaga a Luz - Gabigol  Onde histórias criam vida. Descubra agora