EU LHE ESCOLHI.

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Christopher Collins.

ㅡ O amor é real? Ou é apenas uma ilusão, criada por nós humanos?.

ㅡ Alguém do além.

Sempre me pego pensando ou imaginando, algo que nunca viveria, acho que por ler minha mente vai além da realidade que eu estou. Quando a minha alma deseja por algo impossível. Quando percebo meu espírito vagando por aí, tentando encontrar sua alma gêmea, mas, sempre volta para casa sem nada em suas mãos ou braços. Todavia isso sempre ocorre e ocorreu, quando meu coração anceia por algo que o destino diversas vezes ousou me enfrentar e dizer 'não'.

Por quê nunca joguei minha dignidade fora? Esperar pela pessoa certa, me guardar somente para ela, isso demora e dói tanto. Onde? Onde estão as garotas de que mais fazem e estão dentro de meus padrões? Elas não existem? Impossível, tem que haver uma diferente dentre essa geração mesquinha e corrupta, ou eu não me chamo Christopher Collins. Céus, será que irei morrer só? Se bem que isso não soa como algo tão terrível ou doído assim. Formidável, porém.. Droga! Quero alguém para confiar, para passar o resto de minha vida ao lado da pessoa, alguém para rir junto, jogar conversa fora, alguém para confiar, para me entregar de corpo e alma.

Como um método de refúgio, decido tocar guitarra. Vou até meu closet, o abro, e pego a guitarra empoeirada no canto, e volto para o minha cama.

Ih amiga tá ficando velhinha.. Agora cadê o meu fone..

Caço pelo quarto, e o acho. Coloco o fone, e procuro uma música, para colocar.

Que tal, Look after you ou Friends.. Acho que a segunda opção é a melhor, o solo dessa música além de ser nostálgico é doído e sofredor.

Começo a tocar, e assim pego o ritmo, fazia tempo que eu não tocava. Meus dedos doem. Quando eu tocava, a música preenchia o ambiente em que eu ficava com uma energia especial, como se cada nota fosse capaz de iluminar a escuridão e trazer alegria para ao meu redor. Eu costumava sentar e tocar, eu vivia hipnotizado pela forma de como eu me conectava com a música, como se fosse parte dela. Me faz lembrar de alguns anos atrás, quando eu passava horas segurando uma, e meus dedos gritavam, mas, minha alma ainda queria ouvir a melodia 'perfeita', o êxtase.

Eu tocava guitarra de uma maneira única e encantadora, do meu ponto de vista. Meus dedos habilidosos deslizando pelas cordas e criava melodias que tocavam a alma. Confesso, já chorei tocando guitarra. Até vezes em que minhas mãos tremeram de uma forma tão assustadora, até eu que sou difícil de me assustar, entrei em puro pavor quando vi isso. Era como se a música fluísse naturalmente de meus dedos, como se ela fosse feita para isso. Para ser tocada por mim.

Música não é somente música, não é? Isso vai além de explicações.

Faço uma pausa para descansar o punho e os dedos. Ouço alguém batendo na porta, então tiro o fone.

-Lis? -Pergunto observando a porta.

Ela entra.

-Desculpe, não queria atrapalhar você, filho. -Diz adentrando ao meu quarto. Vem até minha direção. -Trouxe um suco de laranja, para você. É natural ok? Nada de industrializado, como você gosta. -Completa, apontando para o copo e coloca a bandeja com o suco, ao meu lado, encima da cama.

-Lis, você sabe que não me atrapalha. Pare com isso. -Digo. -Aliás, obrigada. -Completo.

-Vejo que não perdeu a manha. -Sorridente falou.

-É.. parece que não. -Respondo, bebendo um pouco do suco. E o seguro em minhas mãos para prestar atenção na Lis e em suas falas.

-Lindinho você, Christopher!, toca, é educado, e é bonito. -Ela levanta a mão para tocar em meu cabelo. -Não sei porque ainda não arrumou uma namorada meu filho.

AMOR ALÉM DO TOQUE.Onde histórias criam vida. Descubra agora