LIBITINA.

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Stella Coller.

ㅡ Os seres humanos são parasitas ambulantes.
Você já viu algum não depender do outro?

ㅡ Uma garota qualquer.

Semanas haviam se passado desde a última vez que eu havia ido na casa da minha tia Eshiley. E como a semana passou rápido. Fiz trabalhos comunitários, a Mia dormiu aqui em casa, as últimas semanas foram as melhores, com total certeza.

Eu havia acabado de acordar e decidi tomar um banho relaxante para começar o dia de forma tranquila. Pois no dia passado. Pelo que eu me lembro foi assim :

''As primeiras luzes da manhã timham invadido o quarto, trazendo com elas um novo dia repleto de promessas. Pelo menos era o que eu acreditava.. No entanto, para mim, a sensação de dor que se começou a se instalar em meu ventre anunciava que aquela não seria uma manhã como as outras.

O inferno estava chegando..

Lembro que quando abri os olhos, em me vi envolta por uma névoa de desconforto e angústia. As cólicas menstruais, que sempre estão presentes em minha vida, haviam retornado com uma intensidade avassaladora, transformando o simples ato de se levantar da cama em uma tarefa hercúlea.

Eu estava tentando controlar as lágrimas que ameaçavam transbordar de seus olhos. Era sempre assim: todo mês, no mesmo período, a mesma dor lancinante que me deixava de cama, incapaz de fazer qualquer coisa além de me contorcer em agonia.

Me lembrou de que todos os momentos perdidos por conta das cólicas, de todas as festas e encontros que precisei cancelar, de todos os momentos de desconforto e sofrimento pelos quais passo e passei. E, mesmo assim, não havia nada que pudesse fazer para evitar que aquilo se repetisse, mês após mês, como um ciclo interminável de tormento.

Merda.. justo hoje? Isso tá doendo pra caramba..

Com um suspiro resignado, me ajeito na cama, abraçando seu travesseiro como se fosse um bálsamo por causa de minha dor. Eu sabia que aquele dia seria mais um na longa lista de dias perdidos para as cólicas, mais um dia em que eu me via obrigada a se render àquela força implacável que dominava seu corpo.

E assim, entre suspiros e gemidos de dor, deixei que o sono a dominasse mais uma vez, na esperança de que, ao acordar novamente, as cólicas tivessem desaparecido como num passe de mágica. Mas, no fundo de meu coração, eu sabia que aquilo era apenas um sonho passageiro, uma ilusão fugaz diante da realidade dolorosa que me aguardava ao despertar.

Quando acordei pela segunda vez, eu tentei me erguer da cama com dificuldade, sentindo as cólicas ainda mais intensas do que antes. Com um gemido de dor, eu alcancei meu celular na mesinha ao lado da cama e tentou desbloqueá-lo para ligar para minha amiga Mia, em busca de algum conforto, ou ajuda. Ela poderia me ajudar eu estava praticamente 'morrendo'.

No entanto, a dor pulsante em meu ventre parecia afetar até mesmo meus movimentos mais simples, e eu tentei e lutei para digitar o número de Mia corretamente. Após inúmeras tentativas frustradas, eu finalmente consegui discar o número e apertei para ligar, esperando ansiosamente que a Mia atendesse.

Merda, atende.. Por favor. Preciso de você..

Lembro que supliquei. O toque incessante do telefone ecoava em meus ouvidos, sem qualquer sinal de resposta do outro lado da linha. Eu tentei novamente, e mais uma vez, e mais uma vez, mas, Mia parecia estar ocupada ou simplesmente não ouvia o telefone tocar.

AMOR ALÉM DO TOQUE.Onde histórias criam vida. Descubra agora