MINHA GAROTA.

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Stella Coller.

ㅡ "Como ousa dizer tamanha atrocidade para
minha garota?" É, e foi assim que fiquei sabendo
que ele realmente me amava.

ㅡ Uma garota qualquer.


Eu estava de cropped, calça moletom, e com uma pantufa. Eu estava inquieta na cama, então descido levantar e ir ao banheiro. Vou no banheiro e fico de frente para o espelho e analiso minha barriga.

Ah! Não sei por que minha barriga parece tão maior, não estou grávida em nada.

Observo.

Merda... O Christopher estava certo, minha menstruação vai descer, como eu não pude perceber isso?!

Lembro que quando relatei para o mesmo, que minha barriga havia doído, ele disse: ''É cólica? Sua menstruação irá descer, precisa de algo?''. Só fiquei debochando da cara do mesmo, dizendo que ele estava tirando conclusões precipitadas, e que se fosse, eu mesma saberia, e ainda falei: ''Você é homem, não sabe nada sobre isso''. Nossa! Que vergonha..

Saio do quarto. Ao explorar os cantos menos conhecidos da casa, encontrei um escritório aconchegante, com móveis de madeira sólida e uma escrivaninha antiga cheia de papéis e canetas. O cheiro de tinta e papel velho permeava o ambiente, trazendo à tona memórias de dias de trabalho e reflexão.

Seguindo em frente, deparei-me com uma sala ampla, repleta de estantes altas carregadas de livros de capa dura e encadernados. A luz que entrava pelas janelas altas banhava o ambiente em uma tonalidade dourada, criando uma atmosfera mágica e convidativa. Foi então que percebi vozes suaves ecoando pela sala, vindas de uma área mais afastada.

Curiosa, me aproximei sorrateiramente e me agachei no chão, escondendo-me em um cantinho discreto. Pude ver Christopher, concentrado em seu livro, sentado em uma confortável poltrona de couro, com os cabelos caindo graciosamente sobre seus olhos. Ao seu lado, Edward brincava com uma bola de basquete, demonstrando sua habilidade e destreza no manejo do objeto esférico.

É, acho que meu hobbie é ouvir conversar dos outros.

-Amor, se continuar ignorando ela, ela nunca irá saber que a ama. -Edward diz suavemente, com um olhar de compreensão dirigido a Christopher, que parece imerso em seus próprios pensamentos.

-Não me chame assim, você viu a forma em que a Stella me olhou quando me chamou de "Gatinho"? -Christopher responde, com um leve rubor colorindo suas bochechas. Ele abaixa o livro que segurava, revelando um olhar de constrangimento. -Céus, queria achar um lugar para enfiar a minha cabeça. Foi vergonhoso.

-Céus, não pode nada nessa casa. -Edward ri, jogando a bola para Christopher. Este a recebe com habilidade, chutando-a de volta sem deixar o livro cair no chão.

-Cacete! -Christopher exclama, frustrado com o desafio repentino. -Eu amo e nem por isso devo ficar me declarando.

-Bobão você, amor. -Edward diz, seu tom de voz suave refletindo a preocupação em seus olhos. Christopher franze a testa, ponderando sobre as palavras de Edward. -Ela precisa saber... -Repete baixinho para si mesmo, sua expressão revelando uma mistura de medo e esperança.

-Ela irá me detestar se souber que um estranho a ama. -Christopher murmura, desviando o olhar para evitar encarar a possibilidade de rejeição.

Seus dedos brincam nervosamente com as páginas do livro, um gesto inconsciente de ansiedade. Edward sorri, tentando mudar o foco da conversa para algo mais leve.

-Meu Deus! Não, hoje vamos fazer algo? -Ele sugere, demonstrando sua vontade de proporcionar um momento de descontração.

-Estava pensando em um filme, o que acha? -Christopher finalmente fecha o livro, marcando a página com o dedo enquanto seu olhar se ilumina com a possibilidade de uma atividade relaxante. Sua voz soa um pouco mais animada, demonstrando um leve alívio em ter uma distração para as preocupações do coração.

AMOR ALÉM DO TOQUE.Onde histórias criam vida. Descubra agora