ESCOLHA.

135 19 56
                                    

Stella Coller.

ㅡ Só quero lhe fazer feliz, com ou sem mim.
Espero que um dia saiba disso.

ㅡ Uma garota qualquer.

Abri os olhos lentamente, sentindo uma mistura de confusão e dor. Tento me levantar, mas logo percebo que estou presa a uma cama, com fios e agulhas espalhados por meu corpo.

Olho ao redor e vejo paredes brancas e o som constante de máquinas monitorando meus sinais vitais.

-O quê? Onde estou? -Pergunto tentando lembrar como tinha chegado aqui. Porque com minhas próprias pernas eu não vim! A última coisa que lembro é de que me senti tonta e fraca, e que minha visão embaçou, antes de desmaiar.

Uma enfermeira entrou no quarto e sorriu.

-Moça! -Grito para que a mesma venha até mim. Ela olha, e se aproxima.

-Senhorita.. -Olha o fichário. -Stella Coller? Não é mesmo? -Perguntou me ignorando e indo até o aparelho que estava apitando tão forte, que minha vontade era de soca-lo.

-Onde estou? Como vim parar aqui? Eu não estava no parque? -Pergunto disposta a ouvir o que a mesma iria dizer e arrancar cada agulha de meu corpo.

Ela me olha.

-Bom.. -Anotou algo, e olhou para meu corpo. -Um moço lhe trouxe nos braços para cá..

Explicou que eu tinha desmaiado em um parque e trazida às pressas para o hospital. Porém, a parte de que eu tinha vindo do parque, eu havia entendido. Mas não entendia como tinha chegado a desmaiar e quem era o moço.

A enfermeira me acalmou, explicando que eu estava segura e sendo cuidada. Senti um misto de alívio e preocupação.

Eu queria saber o que havia acontecido e se estava tudo bem comigo.

Enquanto a enfermeira ajustava os aparelhos ao redor de minha cama, olhei para minhas roupas. Eu estou vestida com um uniforme hospitalar, só que o pior, é que estou me sentindo deslocada e vulnerável.

-Quem me trouxe, até aqui? -Pergunto com a voz trêmula. Insistindo em saber o nome.

-Um rapaz. -Disse e, em seguida me olhou meio estranho. -Sabe que está em um hospital privilegiado e particular?

-Não.. -Digo meio confusa.

-Há. -Sorriu em um tom absurdo. -É namorada do moço, que a trouxe? Que inveja! -Virou as costas apertando o fichário.

-O que? Não! Eu não namo.. -Me interrompeu.

-Pelo visto, além de ter um rostinho lindo, está namorando com o nosso melhor cliente e frequentador. -Virou seu corpo em minha direção. -Todas aqui o desejam, e ele escolheu uma ratinha que não tem onde cair morta.

-Eu não sei do que está falando. Eu não namoro! E, não me insulte, sua velha. Até onde eu saiba e vejo, não é rica e muito menos bonita. Parece uma bruxa.

-Olha aqui, coisinha fofa.. -Avançou em minha direção, quase agarrando meu pescoço.

No mesmo momento ouço um barulho forte de porta se batendo, e quando olho para onde vinha, vejo Mia correndo em minha direção.

Mia empurra a enfermeira e lhe dá um tapa que a deixa vermelha. A bruxa feiosa tenta revidar, porém desiste.

-Some daqui! -Mia fica em minha frente, me separando da mais velha. E aponta o dedo para a porta.

A mesma sai resmungando. Ouvi alguns palavrões ditos por ela na saída.

-Você está bem? -Mia vai até a porta, fecha e volta perguntando para mim.

AMOR ALÉM DO TOQUE.Onde histórias criam vida. Descubra agora