DOIS UNIVERSOS PARALELOS.

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Christopher Collins.

ㅡ Você e eu somos e vivemos em universos
diferentes, não quero machuca-lá, entenda.

ㅡ Alguém do além.

Ver Stella na minha frente foi como ter um sonho realizado diante dos meus olhos. Ela se aproximou com graça e com a doçura de sempre, sua postura impecável lembrando-me da presença marcante de Lis.

Enquanto ela tentava puxar assunto comigo, seu sorriso radiante iluminava o ambiente ao nosso redor. Seus lábios rosados se curvavam delicadamente, revelando a perfeição de sua dentição. A voz suave e melodiosa de Stella ecoava em meus ouvidos, envolvendo-me em uma aura de encantamento.

A sensação de estar tão perto dela era ao mesmo tempo reconfortante e perturbadora. O brilho em seus olhos transmitia bondade e simpatia, mas também despertava em mim uma mistura de inquietação e admiração. Era como estar diante de um ser celestial, cuja presença iluminava até mesmo os cantos mais sombrios da minha alma.

Eu me encontrava em meio a um turbilhão de sentimentos inexplicáveis, sem conseguir entender o motivo da presença de Stella em meu quarto. A sensação de confusão era avassaladora, como se estivesse perdido em um labirinto emocional sem saída.

Quando vi Stella se afastando, atravessando a porta do meu quarto, uma parte de mim parecia se despedir, enquanto a outra implorava silenciosamente para que ela permanecesse. O vazio que ela deixou para trás era como um buraco negro sugando minha alma, envolvendo-me em uma névoa densa e confusa de emoções conflitantes.

Horas se passaram desde que ela partiu, mas a sensação de perda continuava a pairar no ar, pesando em meus ombros como uma âncora que me impedia de seguir em frente. Cada passo dela se afastando ressoava em minha mente, ecoando como um lamento silencioso que ecoava pelos corredores da minha própria confusão interior.

Entre a dualidade de sentimentos que me consumiam, a dúvida se transformava em um redemoinho de incertezas, me deixando em um estado de completa desorientação. Não sabia se deveria deixá-la partir ou se deveria me agarrar a ela com todas as forças que restavam em mim. A presença ausente de Stella era como um enigma enraizado em meu íntimo, desafiando-me a decifrar os motivos de sua presença e partida abrupta, deixando-me em um estado de confusão paralisante.

A minha mente, já confusa e turbulenta, viu-se diante da enigmática presença de Stella. Minha mente se tornou um inferno cheio de demônios, como ela é. Suas palavras, carregadas de significados ocultos, ressoavam no quarto como ecos de um mundo desconhecido, deixando-me ainda mais desconcertado.

Sua proposta inusitada de viajar sem explicação prévia me deixou perplexo, sem um fio de entendimento para segurá-lo. Como ela sabia dos meus anseios mais secretos? Era como se ela tivesse acessado os cantos mais sombrios da minha alma sem eu permitir.

O copo de suco, oferecido com uma simplicidade desarmadora, continha a essência do meu favorito, um detalhe que lançou mais interrogações na confusão que se formava em minha mente. Como ela descobriu? E por que escolheu justamente aquele gesto para estilhaçar ainda mais a ordem das coisas?

A sensação de intrusão e traição cresciam em meu peito, como se fosse uma planta venenosa que se enroscava em cada canto do meu ser. A dor pela ausência de Lis, cuja presença era meu abrigo seguro, se misturava com a aura enigmática que Stella carregava consigo, transformando meu coração em um campo de batalha de emoções contraditórias.

A revelação da ligação entre mim e Lis, feita por Stella de maneira tão sutil e desconcertante, jogou-me em um poço de incerteza e desorientação. Como ela descobriu? E por que me colocou em um labirinto de confusão, privando-me de minhas verdades e lançando-me em um mar de neblina e incertezas?

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