AMOR ALÉM DO TOQUE.

COINCIDÊNCIA.

Stella Coller.

ㅡ Coincidências, podem não ser coincidências.

ㅡ Uma garota qualquer.

O bom de conhecer pessoas novas é que elas são muito interessantes e intrigantes. O jeito, a personalidade, a maneira de olhar o mundo. A cada nova pessoa que cruzo no meu caminho, sinto como se estivesse abrindo as páginas de um livro ainda não lido. Cada encontro é uma oportunidade de mergulhar em histórias jamais contadas, de desvendar segredos guardados no interior de cada ser humano.

Conhecer pessoas novas é como desbravar territórios desconhecidos, caminhar por trilhas inexploradas e descobrir novas nuances da vida. É um convite para sair da minha zona de conforto, expandir meus horizontes e enriquecer minha coleção de experiências.

Cada sorriso, cada olhar, cada gesto me revela um fragmento único e especial de alguém que, em essência, é tão complexo e fascinante quanto eu mesma. E, é nessa troca de energias, nesse jogo de conexões e desafios, que encontro a beleza da diversidade e a magia da descoberta. E, é isso que amo.

Às vezes, me pego pensando como é incrível ter a chance de conhecer pessoas tão diferentes de mim, tão únicas em suas histórias e trajetórias de vida. Cada nova amizade, cada novo vínculo, é uma oportunidade de crescimento, de aprendizado e de compartilhar um pedacinho do meu próprio universo com o outro. Mesmo dentre tudo isso, eu ainda me sentir só.

E assim, entre risadas, e algumas conversas profundas e momentos de cumplicidade, percebo que o ato de conhecer pessoas novas é muito mais que simplesmente expandir o que chamam de 'círculo social'. É uma jornada de autoconhecimento, de empatia e de descoberta de novas formas de enxergar o mundo e a mim mesma. E, com cada nova pessoa que conheço, enriqueço e aumento meu próprio enredo e me torno mais completa, mais humana, mais viva. Um verdadeiro desafio é escrito em meu livro, em minhas páginas.

Acordo, e sou tomada por lembranças, da noite passada, sobre o garoto 'estranho', o Christopher. Ele.. parece ser um bom garoto, porém, não se abre, suas palavras e seus diálogos, o vi só falando 'hum!' e 'sim' e outras respostas diretas e curtas.

É bonito também, o que chega até ser engraçado. Ele não desviou a atenção como as demais pessoas com quem eu costumo falar, fazem, eu tagarelei, e mesmo assim, eu falando desgraçadamente, descontroladamente, ele prestou atenção, e me ouviu. Ele parece ser diferente..

Perdida em pensamentos, ouço a campainha tocar. Quem será? Não estou a espera de ninguém..

Me levanto, mesmo mal vestida, com o pijama todo amarrotado, vou até a porta e a abro. Era a Mia.

-Oii amiga!! -Diz empolgadamente. -Dormiu bem? Te acordei? -Pergunta.

-Oii Mia, dormi sim, não não!! Por incrível que pareça eu já estava acordada, mais acho que acordou os vizinhos. -Digo.

Ambos começamos a sorrir.

-Não tenho nada a ver com eles. -Diz, dando os ombros. -E sim, com minha querida amiga.

-Só você mesmo, entra então. -Aponto para o interior do apartamento.

A mesma entra, e se joga no sofá, assim, fecho a porta e vou até a cozinha.

-Amiga, não fez café ainda não? -Pergunta indignada.

-Você diz como se não tivesse empregada. -Falei pegando um copo, para colocar a água para ferver.

-Verdade, mais se eu morasse só, essa hora, já estaria pronto. -Se gaba.

-Sei, sei, te conheço muito bem, tanto que se pudesse, tomava café em uma padaria qualquer, apenas, para evitar fazer. -A olho. E, lentamente fiz uma cara de debochada.