AMOR ALÉM DO TOQUE.

STELLA NUA.

Christopher Collins.

ㅡ Envolto em um amor intangível, tua essência se entrelaça com a sombra de outro.

ㅡ Alguém do além.

Ontem, a briga que tive com Stefan na frente de Stella foi algo verdadeiramente terrível. Eu senti uma raiva incontrolável e uma vontade imensa de socar seu rosto. Não conseguia entender o motivo pelo qual ele estava agindo daquela forma, parecia completamente fora de si.

Logo após Edward e Stella saírem, fiquei imerso em pensamentos. Refleti sobre as palavras que foram ditas durante a discussão. No entanto, ao me aproximar de Stefan, percebi que algo estava errado. Seu comportamento estranho e confuso indicava que ele estava sob efeito de drogas. Aquilo, de certa forma, explicava algumas das suas atitudes.

Decidi então conversar com ele, mas ainda me sentia desconfiado. Tinha receio de confiar plenamente nele novamente. E o fato mais perturbador era que, em meio a todos esses problemas, acabei me declarando para Stella. Meu Deus, como pude ser tão impulsivo?

Caminho até o quarto onde Edward se encontra e o encontro mexendo em seu celular. Ao entrar, encosto-me na batente da porta. Ele me olha, surpreso e com um sorriso estampado no rosto.

-Ela não disse nenhuma palavra depois da briga.. -Edward fala em um tom preocupado, suas sobrancelhas franzidas e os olhos cheios de angústia. Sua voz carrega o peso das palavras não faladas e a preocupação pelo silêncio dela. Ele sabe que algo está errado.

-Vai conversar com ela. -Edward insiste, seus olhos fixos nos meus, esperando que eu tome uma atitude. Ele sabe que eu sou o único capaz de desvendar os pensamentos obscuros dela, de arrancar as palavras que ela guarda tão bem dentro de si.

-Não, eu acho melhor voltarmos para a cidade. -Digo, tentando esconder o medo que se espalha por mim. Meus olhos evitam o dele, incapazes de encarar a realidade que se desenrola à nossa frente. -Vou levá-la embora, isso não foi certo, desde o começo. Eu não deveria ter aceitado vir aqui.

-Vai no quarto dela, sei que está basicamente tarde, e para você é uma barreira enorme fazer isso, porém vai.. -Edward diz, sua voz carregada de impaciência e urgência.

Ele sabe que preciso superar meus medos e enfrentar o desconhecido, mesmo que isso seja difícil para mim.

-VAI LOGO SEU CACHORRO, SE NÃO QUEM VAI PEGAR VOCÊ NO LUGAR DELA, É EU! -Ele grita, lançando um travesseiro em minha direção, sua frustração se transformando em uma ação impulsiva.

-Ela vai ouvir se você gritar desta maneira. -Falo, meus olhos encontrando os dele em um olhar de compreensão mútua. -Eu vou dormir.

-Já que desejaste assim, desta forma, meu caro. -Edward se levanta, passando por mim e deixando um rastro de tristeza no ar. Sua voz carrega um leve tom de desapontamento, como se ele esperasse mais de mim, como se não compreendesse a resistência que existe em meu coração.

Ele desce as escadas com um sorriso travesso no rosto, indo até a cozinha e retornando com uma panela e uma colher improvisada. O brilho de diversão em seus olhos contrasta com a expressão surpresa que eu mantenho enquanto o encaro.

-Você não é doido. -Minha voz quase vacila, quase me fazendo sair do lugar diante da sua brincadeira inesperada. Ele, sem se abalar, grita com entusiasmo, batendo na panela: