Capítulo 12

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SAMIRA

Passava próximo a sala do trono, quando ouço gritos, rapidamente vou até lá.

Não que eu vá resolver algo, óbvio que não. Quero apenas saber o que está havendo.

Então quando abro uma fresta da porta que dá para o trono, vejo uma montanha de músculos gritando com um soldado, lhe apontando um dedo e batendo na armadura do pobre coitado que parece o temer.

Não o julgo, eu aqui longe, me sinto da mesma forma, mas então o reconheço e corro até o mesmo.

-s-senhor Ludwig?

Ele olha para mim.

-a Aleera? Onde ela está?

-a-a r-rainha está em s-seus aposentos...

-me leve até lá então.

-não posso.

-então chama ela.

-o rei a proibiu de sair de lá, então creio que não será possível falar com ela de forma alguma.

Digo o mais firme e altiva que posso, após sua voz retumbar pelo salão.

-ele o que? — sinto a indignação em sua voz. Não o julgo. Até eu fiquei chocada quando soube. O rei sempre foi bom com todos e agora faz isso com nossa rainha — Eu quero falar com ela. Exijo.

Diz passando pelo guarda e vindo até mim. Tento me manter no lugar, mas quando vejo já dei dois passos para trás.

-e-eu vou falar com ela.

Giro em meus calcanhares e saio dali o mais rápido possível e morrendo de medo.

Só penso nas consequências do meu ato desesperado, quando me lembro que deveria ter falado com o rei e não a rainha, mas agora já estou aqui, não dá para voltar atrás.

-sim? O que deseja, Samira?

-e-eu passava pela sala do trono — ela me olha e me forço a não gaguejar — quando percebi aquele homem, marido de sua prima. Ele pediu para falar com você, mas soubemos da ordem do rei, de não sair de seus aposentos.

-traga-o aqui. — diz calma.

-o que? — a olho chocada — Mas, rainha, não pode! Só o rei pode vim nos aposentos de vossa majestade.

-eu sei. Vá buscá-lo.

-majestade... — sussurro, minha voz sumindo — Se o rei souber...

-va Samira. Eu lido com o rei.

Sorri me incentivando. E após um breve momento buscando a certeza em seus olhos, eu saio dali...

Quando a rainha chegou aqui, todos as serviçais morreram de medo, pelo histórico do povo dela, inclusive eu.

Pensei que morreria, enquanto a conduzia até seus aposentos, mas logo ela fez questão de dissipar todas aquelas histórias, e se mostrou completamente diferente.

Suspeito!

Eu sorri para ela com falsa tranquilidade, mas ainda estava desconfiada, mas agora, quase dois meses depois, confio plenamente nela.

Não que seja muito tempo, mas ninguém consegue resistir aos encantos dela.

Só o rei.

Ele perde tempo com aquela cobra, quando poderia facilmente estar feliz com a rainha.

Ela é doce, nos trata bem, até nos deixa comer com ela, coisa que uma rainha jamais faria.

Por exemplo, se Genevieve fosse a portadora da coroa...

Rainha - Minha Doce SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora