Rainha - Minha Doce Selvagem

Capítulo 36

ALEERA

     "O rei se apaixonou por você!"

Dias se passaram e essa frase segue ecoando em minha mente.

E Noah não mudou como eu pensei que aconteceria. Ele está mais próximo a mim, sorridente — e que sorriso — e me apoiando em todas as minhas decisões...

E principalmente, tem me arrebatado com seus beijos — e que beijos! — Tem tirado minha paz...

Genevieve nunca mais veio aqui e ele nem se mostra interessado em procura-la.

Que eu saiba.

Talvez estejam se encontrando as escondidas e...

-rainha, se eu estiver atrapalhando seus pensamentos, posso me retirar!

-perdão oliver! O que dizia mesmo?

-a algo que eu possa lhe ajudar, minha senhora? — e nesse instante ele tem minha completa atenção, eu o encaro como se buscasse uma ajuda silenciosa e ele responde minha pergunta sem eu nem ao menos ter a feito — sim. Ele se apaixonou por você, rainha.

Meu coração para.

-obviamente esse assunto não me cabe em absoluto, mas eu vejo sua confusão quanto a mudança dele e posso lhe garantir que é verdade.

-e você é general, mentor e amigo dele. Por que eu confiaria em suas palavras?

-foi a você que jurei minha lealdade, vida e além dela. Mesmo eu sendo general, mentor e amigo do rei.

Diz firme, não me fazendo ter a menor dúvida em suas palavras.

Deixo meus ombros caírem em desistência.

-Oliver, acredita mesmo nisso?

-com todo meu ser.

Esperei tanto por isso, e agora que está acontecendo, parece que não é verdade.

Esses pensamentos me sufocaram dia após dia e eu precisava desabafar.

Sei que poderia confiar em Samira, mas era com ele que eu queria falar.

-se me dissesse isso quando cheguei, seria a melhor coisa que eu teria ouvido!

-Noah foi tolo. Era impossível não notar seus sentimentos por ele. Apenas quando foi atacada e percebeu tudo que estava envolvido aqui, é que vi você ficar dura.

-jamais deixaria transparecer algo que seria usado contra mim.

-ninguem seria tão tolo, minha senhora!

-exatamente. Ou talvez eu seja! Posso não demonstrar, ao ponto dele achar que o odeio, mas nunca consegui me livrar disso. Por que?

-talvez por que de fato, nunca tenha tentado se livrar — penso a respeito — se ocupou em evitar os ataques, sentiu raiva e ódio ao extremo, mas, alguma vez de fato, decidiu por esquece-lo?

-para ser honesta, não! Nunca fiz nenhum esforço. E nem sei como fazer isso, admito.

-senhora, eu travei muitas guerras, mas a maior delas, ninguém pode travar! Nem o mais forte dos soldados — aguardo ansiosa por suas palavras — que é contra o coração.

-esta me dizendo que corro o risco de nunca esquece-lo?

-é uma possibilidade. O ama de verdade, desde antes de o conhecer e mesmo com tudo que aconteceu, ele ainda tem um espaço no seu coração. É um daqueles amores raros.

-General, sabe que nao me ajudou em nada.

-tenho certeza disso.

-oliver, já se apaixonou? Perdão por perguntar, mas é que...