Capítulo 26

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ALEERA

Vamos para dentro da grande casa nos acomodar. Os nossos soldados foram para uma menor, mas de mesmo capricho.

E meu resto de tarde foi perfeito, fui cercada pelas crianças a qual eu costumava brincar e eram muitas, eu senti tanto a falta delas.

Samira já estava mais do que solta e tranquila, já sorria e brincava.

Oliver ao lado de minha tia era só sorrisos e pequenas conversas e quanto ao rei Noah, foi completamente ignorado por minha família e povo e apenas ficou quieto observando tudo e principalmente a Eron, que o encarava da mesma forma.

Quase caindo a noite, consegui me desvencilhar de todos e fui para o estábulo e lá estava ela, linda! Com seus pelos negros e brilhantes. Maya.

Me aproximo dela, que começa a relinchar agitada.

-oi! Sou eu! — falo suavemente.

Ela parece reconhecer minha voz e assim que estico minha mão para lhe fazer carinho, ela recebe de bom grado.

-senti tanto a sua falta Maya! Eu mal posso esperar para voltar e podermos sair por aí, livres.

-voltar? — ouço Eron atrás de mim.

-sim, afinal, virei aqui mais vezes. — falo disfarçando.

-senti sua falta Aleera! Não sabe quantas vezes sua tia teve que me conter pra não ir atrás de você.

-com razão! — digo sem o encarar, mas tenho um vislumbre seu ao meu lado — Isso seria loucura de sua parte.

-eu não acho.

-Eron, já falamos disso.

-e eu tinha aceitado isso até você chegar e ver toda a tristeza em seus olhos.

-deveria ver a mesma — agora o fito séria — nos olhos de Isolda.

-como é? — ele mostra desentendimento com a questão.

-esta tão ocupado alimentando algo que você acha que existe sobre mim, que deixa de olhar a sua volta e ver quem realmente pode te corresponder.

-esta dizendo que... — ele fica estático — Eu nunca pensei, eu... Somos apenas amigos.

-EU e VOCÊ somos amigos, Eron! A muito, Isolda, deixou de te ver dessa forma.

-não deveria. Todos sabem que eu...

Não o deixo terminar.

-o que eu sei, é que estou unida ao rei para sempre e isso não vai mudar.

-nao se ele estiver morto.

-mesmo que ele estivesse, eu ainda seria a rainha, me impedindo de qualquer união.

-gosta dele? É feliz?

-não gosto de vidas inocentes sendo tiradas Eron, e independente de qualquer coisa, ele é um bom rei.

-não foi isso que perguntei.

Sorrio sem humor.

-é claro que não sou feliz. E tenho certeza que sabe disso.

-eu soube da coroação! Ele te sobrepujou...

-nada que eu não sobreviva, e no final das contas, nada que de fato tenha me feito mal.

-por isso me apaixonei por você. É uma mulher linda, forte, decidida. — ele leva sua mão ao meu rosto e eu a seguro.

-mas não sou a mulher certa para você. Entenda isso.

Digo com todo carinho que é possível passar em minhas palavras. Aperto sua mão em forma de conforto e quando estava para tira-la de meu rosto...

Rainha - Minha Doce SelvagemOnde histórias criam vida. Descubra agora